Café e boa comida
Grupo de amigas frequenta café colonial do Hotel Monthez há cerca de dez anos
“O brusquense tem essa cultura, gosta de reunir a família e os amigos ao redor da mesa”, diz o gerente operacional do hotel, Carlos Henrique Roch. Ele também percebe a cultura de sair nas quintas-feiras: “Ao final do expediente de sexta, o pessoal da cidade vai muito para as praias, para o litoral. Por isso, os compromissos sociais em Brusque acontecem muito na quinta. Foi assim que escolhemos a data para realizar, semanalmente, o nosso café”, explica.
Bastante frequentado, o café colonial recebe a visita de clientes assíduos, como o grupo de amigas de Edla Schwarz Vale. No início, eram dez mulheres, que revezavam suas casas para receber as amigas. “Aí fomos ficando mais velhas”, ri Edla, “e começamos a frequentar o café do Monthez”.
“É uma amizade e um encontro muito gostoso. Éramos em dez, mas, ao longo dos anos, perdemos quatro amigas, e agora somos em seis”, diz. Hoje com seus 70, 80 ou 90 anos, as amigas já se reúnem semanalmente há mais de 30 para conversar e tomar um lanche.
Freguesas de carteirinha, as mulheres “batem o ponto” no café do hotel há cerca de dez anos. “Além da nossa turma de sempre, encontramos outras amigas, pessoas de outros grupos”, conta Edla. “E somos muito bem recebidas, a equipe de garçons e a confeiteira já nos conhecem.”
Para ela, a gastronomia do local é excelente: são muitas opções, desde sopas até doces, chás e cafés. “Tudo o que tem lá é especial. Quem vem de fora fica abismado de ver a mesa do café.”
Os pratos doces e salgados, segundo Roch, são feitos na cozinha do hotel, e o cardápio é montado seguindo o estilo germânico. “Servimos salsicha alemã, a torta Banoffe, uma diversidade de sabores. Os pratos mais tradicionais são mantidos e servidos toda semana, os outros nós trocamos e montamos uma mesa diferente. O que não pode faltar é o crepe francês, que é feito na hora, e a canja, que mantemos até no verão, mesmo que seja um prato que pede um clima mais frio.”
Para as amigas, além da variedade de pratos, outro grande atrativo é o ambiente. “No começo, sempre organizávamos nosso lanche em casa. De vez em quando ainda fazemos isso, mas quase sempre é no hotel. Nos sentimos muito bem lá”, diz Edla.
A cada quinta-feira, uma média de 150 pessoas passam pelo café colonial. Há cerca de cinco anos, atendendo à sugestão de clientes, o café passou a ser oferecido também aos domingos, dia em que é frequentado por um público mais jovem, principalmente pessoas que estudam ou trabalham durante o dia e não conseguem ir até o hotel nas quintas. O cardápio é o mesmo, e o salão fica aberto das 17h às 22h.
“É sempre bem movimentado, a gente sempre liga para garantir a nossa mesa”, conta Edla. O café é bastante frequentado por outros grupos como o delas, que podem ficar bem à vontade, se servir o quanto quiserem e permanecer pelo tempo que desejarem.
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