Calor aumenta número de capturas de cobras e lagartos em Brusque; veja números
Em 58 dias foram registradas 47 ocorrência envolvendo os animais no município
Em 58 dias foram registradas 47 ocorrência envolvendo os animais no município
Com o aumento das temperaturas, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBM-SC) alerta para o crescimento das ocorrências com animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões e lacraias. Nesse período, esses animais deixam seus esconderijos com mais frequência, elevando o risco de acidentes.
Entre 1º de janeiro e 19 de fevereiro deste ano, foram registradas 203 ocorrências de busca e captura de animais peçonhentos no estado — um aumento de 54,54% em relação ao inverno de 2024, que teve 85 casos. Os atendimentos de Assistência Pré-Hospitalar (APH) também subiram, passando de 11 para 17.
Especialistas explicam que a alta está ligada à busca por alimento, já que, no verão, há mais presas como ratos, baratas e lagartos, atraindo os animais para áreas urbanas e rurais.
Em Santa Catarina, as serpentes de interesse médico incluem jararaca, jararacussu, cascavel e coral-verdadeira. A picada desses animais pode causar sintomas variados, dependendo da espécie.
A equipe de reportagem analisou os registros de ocorrências de 2025 recebidos pelo Corpo de Bombeiros, que indicam que Brusque, em comparação com Guabiruba e Botuverá, é, de longe, o município com o maior número de registros de répteis, como cobras e lagartos.
Somando as ocorrências de janeiro e fevereiro, foram registrados 41 casos de capturas de cobras (23 em janeiro e 18 em fevereiro) e 6 de lagartos (2 em janeiro e 4 em fevereiro) em Brusque.
Das 47 ocorrências totais, 19 aconteceram no turno da tarde (13h – 18h), 19 no turno da manhã (5h – 12h59), 7 no turno da noite (18h01 – 23h59) e 1 na madrugada (00h01 – 4h59).
Em janeiro, os bairros com maior incidência de ocorrências foram: Nova Brasília (3 registros), Centro (4), Santa Terezinha (2) e Águas Claras (3).
Os demais bairros: São Luiz, Limeira Alta, Rio Branco, Steffen, São Pedro, Primeiro de Maio, Limeira, Souza Cruz, Ponta Russa, Cedro Alto, Guarani, Azambuja e Thomaz Coelho — registraram 1 caso cada.
Em fevereiro, os destaques foram: Dom Joaquim (2), Rio Branco (2), Centro (3) e Águas Claras (4).
Nos demais bairros: Limeira, Limeira Alta, Cedrinho, Paquetá, Thomaz Coelho, Poço Fundo, Nova Brasília, Santa Terezinha, Souza Cruz, Cedro Alto e Guarani — houve 1 registro cada.
Somando os dois meses, foram registradas ocorrências em 21 dos bairros oficiais do município.
Quanto aos locais de aparecimento dos animais, a maioria dos registros apontou a residência como principal ponto de ocorrência: 14 casos em janeiro e 13 em fevereiro. Em ambos os meses, 6 casos não tiveram o local divulgado.
Outros locais registrados em janeiro: 2 casos dentro de veículos, 2 em supermercados e 1 em escola. Já em fevereiro, foram 2 ocorrências em escolas e 1 em hospital.
Em Guabiruba, foram registradas quatro ocorrências de captura de cobras nos primeiros meses de 2025. Em janeiro, uma cobra foi encontrada em uma residência no bairro Pomerânia, no dia 26.
Já em fevereiro, foram três registros: no dia 7, uma cobra foi capturada no bairro Aymoré; no dia 9, outra foi encontrada no bairro Imigrantes; e no dia 26, uma cobra foi capturada dentro de uma residência no Centro.
Em Botuverá, houve uma ocorrência em fevereiro: no dia 27, uma cobra foi capturada no bairro Gabiroba.
Todos os dados foram coletados no dia 27 de fevereiro.
A maioria dos acidentes ocorre nos pés e pernas. Para se proteger, o CBM-SC recomenda:
Usar botas de cano alto ou botinas com perneiras ao circular por áreas de vegetação densa;
Evitar colocar as mãos em buracos, pilhas de folhas secas ou entulhos;
Manter o quintal limpo, eliminando lixo, entulhos e lenha para não atrair roedores e serpentes;
Redobrar a atenção ao fazer trilhas ou trabalhar em áreas com vegetação alta.
O capitão Domingos, do CBM de Seara, reforça a importância da prevenção:
“Nesta época do ano, recebemos muitos chamados para capturas de animais peçonhentos, especialmente serpentes. Nem sempre há acidentes graves, mas é essencial que as pessoas se protejam e evitem condições que favoreçam a presença desses animais.”
Se houver um acidente com animal peçonhento:
Lave o local com água e sabão;
Evite movimentar a área afetada;
Remova acessórios que possam apertar com o inchaço;
Não faça torniquete, cortes ou aplique substâncias no local;
Acione o serviço de emergência (193 ou 192);
Se possível, tire uma foto do animal para facilitar o tratamento.
Danceteria Komitte reuniu jovens dos anos 1990 e 2000 em diversas festas temáticas: