Calor intenso, pancadas de chuva e El Niño: saiba a previsão do tempo para Brusque e região nos primeiros meses de 2024

Meteorologistas trazem a tendência para os três primeiros meses do ano

Calor intenso, pancadas de chuva e El Niño: saiba a previsão do tempo para Brusque e região nos primeiros meses de 2024

Meteorologistas trazem a tendência para os três primeiros meses do ano

Os dois primeiros meses de 2024 devem ser chuva dentro da média em Brusque e região. Por outro lado, o El Niño deve intensificar o aumento da temperatura durante o verão.

Segundo a meteorologista Epagri/Ciram, Gilsânia de Souza Cruz, no primeiro trimestre do ano, a previsão do tempo aponta que a chuva será irregular, associada ao processo de convecção, uma característica de verão. Então, devem ser registradas pancadas de chuva passageiras e isoladas devido ao aquecimento da tarde, com pontuais elevados de chuva em alguns municípios e em outros próximos não.

“No trimestre, a previsão é de temperatura acima da média climatológica em SC. As massas de ar quente atuam com maior frequência e duração, com dias consecutivos de temperatura alta, inclusive no período noturno. Ondas de calor são esperadas no verão”, explica.

Ela detalha que, nos meses de janeiro e fevereiro, a previsão é de chuva próxima da média climatológica. “Nestes meses, o regime de verão já está estabelecido e as chuvas convectivas (curta duração) ocorrem com maior frequência entre a tarde e noite, e por vezes na madrugada. A média mensal de janeiro é de 170 a 250 milímetros (mm) no Vale do Itajaí e Litoral Norte. Em fevereiro, a média mensal de 130 a 170 mm no Vale do Itajaí”, continua.

Entretanto, em março, a meteorologista adianta que a chuva pode ser acima da média. “Diminuem as chuvas de verão, de curta duração, e, principalmente a partir da segunda quinzena, as frentes frias chegam com maior frequência ao Sul do Brasil e são responsáveis pela maior parte da chuva em SC, com média mensal variando de 110 a 150 mm no Vale do Itajaí”, diz.

A previsão de chuva irregular e dentro do padrão também é apontada pelo meteorologista Ronaldo Coutinho, da Climaterra. “Normalmente, chove bem nesta época do ano. Então, é provável que chova um pouco menos, não chega a dar estiagem, mas é favorável ao turismo. Às vezes chove bem em um lugar e no outro não, neste estilo de verão. Em março, aumenta um pouco a chuva”, complementa.

Destaque no verão, Gilsânia alerta para a atuação do fenômeno El Niño, que será de intensidade forte. A tendência mantém o risco de eventos extremos com chuva forte e totais elevados em curto intervalo de tempo, temporais com forte atividade elétrica (raios), granizo e ventania.

“Para os próximos meses a previsão é de El Niño com intensidade forte, atingindo o pico máximo em janeiro, com impacto especialmente nas temperaturas em SC, deixando o verão mais quente do que o normal. O El Niño se estende até o outono de 2024”, explica.

Efeitos do El Niño

A meteorologista salienta que o fenômeno no verão é relacionado à elevação de temperatura. “O El Niño não tem impacto em chuva de verão. Na chuva, o impacto dele é no ano 1 que se forma, no caso aso de 2023, e no outono do ano 2, ou seja, agora em 2024”, aponta.

Ela destaca que o El Niño no verão tem maior impacto na temperatura, mas o fenômeno se estende até o outono. “Se isso realmente ocorrer, podemos ter um outono mais chuvoso do que o normal em SC, mas ainda é cedo para afirmar”, completa.

La Niña a caminho

Coutinho diz que o clima de verão, iniciado em novembro, deve terminar no final de março. “Provavelmente, a mudança será brusca do verão para o inverno. O outono, talvez, seja curto”, antecipa.

“Como estamos saindo do El Niño para um La Niña muito rapidamente, vamos ter uma mudança brusca neste sentido. Ou seja, a La Niña é o frio chegando mais cedo e a chuva ficando cada vez mais irregular, é o inverno chegando mais cedo”, finaliza.

Em relação ao La Niña, Gilsânia informa que ainda é cedo para definir uma tendência. Contudo, ela aponta que é possível acompanhar a atualização dos avisos meteorológicos diários, na página da Epagri/Ciram e redes sociais.


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