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Câmara de Brusque tem um dos menores custos por eleitor do estado, aponta estudo

Levantamento do Observatório Social mostra os gastos de todos os legislativos catarinenses

O Observatório Social de Brusque (OSBr) realizou o levantamento dos gastos de todos os municípios de Santa Catarina em 2017. A pesquisa revelou que a Câmara de Brusque tem o 14º menor custo para o eleitor do estado.

O levantamento foi elaborado com base em dados divulgados nos sites do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC), em Portais da Transparência municipais e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A pesquisa colocou a câmara brusquense como uma das mais econômicas do estado, quando é feita a comparação entre o total de despesa pelo número de eleitores. Brusque teve, em 2017, custo por eleitor de R$ 72,91.

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Neste quesito, a Câmara de Videira, no Meio-Oeste, foi a mais econômica. De acordo com a pesquisa, cada videirense “gastou” R$ 33,39 para mantê-la em funcionamento.

A lista das 15 câmaras com menor custo por eleitor é composta majoritariamente por cidades pequenas e médias. A única maior que Brusque, que tem 81 mil eleitores, é Lages, com 123 mil. O custo da Câmara lageana por eleitor foi de R$ 69,23.

Menos onerosa
O parlamento brusquense também se destaca positivamente quando o item analisado é o percentual gasto em relação às despesas totais do município. A Câmara Municipal consumiu apenas 1,74% do total.

Conforme o estudo, o município de Brusque despendeu R$ 349 milhões durante o ano, enquanto que a Câmara Municipal custou R$ 5,9 milhões.

Nesta comparação, segundo os dados coletados pelo Observatório, a cidade berço da fiação catarinense vai até um pouco melhor: sobre para 13ª posição.

Ainda no que se refere aos gastos em relação às despesas totais da municipalidade, Brusque destaca-se quando a comparação é feita entre os 20 maiores colégios eleitorais de Santa Catarina.

O estudo revela que somente sete câmaras de vereadores consomem menos do orçamento municipal do que Brusque. São elas: São Bento do Sul (1,28%), Jaraguá do Sul (1,42%), Concórdia (1,50%), Rio do Sul (1,60%), Navegantes (1,64%), Lages (1,64%) e Chapecó (1,69%).

Chapecó conseguiu ser menos pesada para a municipalidade mesmo tendo 21 vereadores. Brusque possui 15 representantes, mas ainda assim teve maior gasto.

Alto orçamento
Os números não são totalmente positivos para a Câmara de Vereadores. Ela também é uma das mais caras, quando levado em conta somente o valor bruto do seu custo, em todo o estado.

Brusque é a 16ª Câmara de Vereadores mais cara (R$ 5,9 milhões). Ficando atrás de Florianópolis (R$ 55,2 milhões), Joinville (R$ 38,1 milhões), Itajaí (R$ 29,7 milhões), Blumenau (R$ 25,9 milhões), Palhoça (R$ 15,8 milhões), São José (R$ 15,7 milhões), Balneário Camboriú (R$ 14,9 milhões), Criciúma (R$ 14,3 milhões), Chapecó (R$ 11,2 milhões), Jaraguá do Sul (R$ 9,1 milhões), Lages (R$ 8,5 milhões), Itapema (R$ 8,2 milhões), São Francisco do Sul (R$ 8 milhões), Biguaçu (R$ 6,6 milhões) e Tubarão (R$ 6,3 milhões).

São João Batista é o destaque na região

A Câmara de Vereadores batistense é a mais econômica, proporcionalmente, da região de Brusque. Por outro lado, Botuverá tem o parlamento mais caro.

De acordo com o estudo, a Câmara de São João Batista representou 1,62% da despesa total da municipalidade em 2017. O total gasto foi de R$ 78 milhões e o Legislativo significou R$ 1,26 milhão.

Com 21.413 eleitores, São João também tem um dos mais baixos custos por eleitor. É o quinto menor em todo o estado: R$ 59,21.

A cidade ficou atrás somente de Videira, São Bento do Sul, Benedito Novo e Concórdia, na classificação geral.

Ainda na região, Guabiruba e Nova Trento tiveram desempenhos bons. A primeira ficou na 30ª posição e a segunda, na 43ª, na classificação de menor custo por eleitor. Ambas têm nove vereadores.

A Câmara guabirubense teve custo por eleitor de R$ 83,67, enquanto que a neotrentina consumiu R$ 95,30.

Lá embaixo
A Câmara de Botuverá foi a pior avaliada na região, em relação ao custo por eleitor. O município conta com 4.092 eleitores e custou R$ 716 mil em 2017, o que perfaz o valor de R$ 175,21.

É a maior cifra disparada na comparação entre as cinco cidades da região. Na classificação geral, ficou na posição 189 entre os 295 municípios.

Estudo é ferramenta para cobrança

O diretor-executivo do Observatório Social de Brusque, Evandro Gevaerd, diz que a realização da pesquisa tem como objetivo fundamental a transparência para que os catarinenses tenham real noção de quanto custa a câmara da cidade de onde vivem.

“Visa esclarecer ao cidadão de Santa Catarina quanto custa um vereador e como está a câmara em relação a outras câmaras de cidades de mesmo porte”, explica Gevaerd. Ele acredita que com base nesses dados, as pessoas poderão avaliar se é possível ou não o parlamento da sua cidade economizar.

“É um parâmetro para cobrar de vereadores mais economia, porque estamos numa crise. Digamos, tem setores muito mais importantes, como saúde, segurança e educação. Talvez uma economia do Legislativo possa significar maior aplicação de recursos nessa áreas”, avalia o diretor.

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Câmaras de Vereadores do estado gastaram R$ 616 milhões

A pesquisa aponta que as 295 câmaras de vereadores de Santa Catarina gastaram, em 2017, R$ 616 milhões. Juntas, elas têm 2.903 parlamentares.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com apenas 40 deputados, custou mais aos cofres públicos do que todas as Câmaras de Vereadores juntas. A Alesc consumiu R$ 637 milhões em 2017.

O estudo também mostra que cinco câmaras fazem parte de um seleto grupo de mais caras: Florianópolis (R$ 55,2 milhões), Joinville (R$ 38,1 milhões), Itajaí (R$ 29,7 milhões), Blumenau (R$ 25,9 milhões) e Palhoça (R$ 15,8 milhões).

Esses cinco legislativos juntos representaram mais de 25 % do total de todos os gastos efetuados pelas 295 Câmaras de Vereadores de Santa Catarina no ano de 2017, conforme o estudo.