Câmara dos Deputados aprova lei que endurece penas para crimes cometidos em escolas
Câmara dos Deputados aprova lei que endurece penas para crimes cometidos em escolas
- Por Raul Sartori
- 14/06/2024
- 6:00
Ataques às escolas
A Câmara dos Deputados aprovou quarta-feira, por ampla maioria, projeto que endurece as penas para crimes cometidos em escolas. Do Executivo e relatado pelo deputado federal Jorge Goetten (PL-SC), transforma em hediondos os crimes como o homicídio, a lesão corporal seguida de morte e a lesão corporal gravíssima praticadas em instituições de ensino públicas ou privadas. O crime passará a ser qualificado e as penas poderão variar de 12 a 30 anos de reclusão. Hoje, como crime comum, vai de 6 a 20 anos.
Floripa-Roma
Informou-se aqui que desde o anúncio, segunda-feira, do início das operações, que deve ocorrer no dia 3 de setembro, da voadora portuguesa TAP, entre Florianópolis e Lisboa, a companhia registrava dois dias depois mais de 6 mil reservas. Imagina-se o sucesso que teria uma frequência entre Florianópolis e Roma, por exemplo. Depois do Espírito Santo, SC é o Estado “mais italiano” do país, com cerca de 60% de sua população portadora daquela ascendência étnica.
Poder a Lira 1
Por 400 votos favoráveis, 29 contrários e uma abstenção, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ganhou o poder de propor “afastamentos cautelares” de até seis meses a deputado quando entender que ele infringiu os limites do código de ética da Casa. Dos 16 deputados federais de SC, dois foram contra: Caroline de Toni (PL) e Pedro Uczai (PT).
Poder a Lira 2
A propósito, a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) divulgou ontem que vai acionar a colega Erica Hilton (Psol-SP) que numa recente audiência sobre mulheres a chamou de “feia e ultrapassada”, além de mandá-la “hidratar o cabelo”. Ui!
Carestia
Considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses, Florianópolis registrou em maio o terceiro maior índice entre 17 capitais. Entre junho de 2023 e maio de 2024 ficou em 4,61%. Até abril, estava em segundo lugar, mas foi ultrapassada em maio por Aracaju (SE), com 4,73%. A líder do ranking continua sendo Belo Horizonte (MG), com 5,07% de aumento dos preços em 12 meses. Na capital catarinense não houve vilões desta vez. Tudo aumentou.
Memória 1
É sobretudo didática – por ajudar a preservar a história e memória de algo que é muito importante – a decisão da Justiça Federal em SC ao determinar a suspensão de todas as obras em instalações do Lagoa Iate Clube (LIC), em Florianópolis, construção inaugurada em 1969 que teve projeto arquitetônico de Oscar Nieymer (1907-2012), e em processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O que se lamenta é que ações do tipo nunca se fizeram presentes para barrar a destruição, agora quase completa, do projeto paisagístico do gênio Burle Marx no Aterro da Baía Sul, junto ao centro de Florianópolis.
Memória 2
Em 2021, o Iphan tombou, definitivamente, um conjunto de 27 obras de Niemeyer, em lista feita por ele no final da sua vida. Nenhuma assinada em SC, onde tem duas outras de suas marcas: o Colégio Industrial de Lages e os “rabiscos” que deram origem ao Laguna Tourist Hotel, em Laguna, inaugurado em 1972, que o mestre fez em deferência a seu amigo Santos Guglielmi.
Brilho
Catarinense de Aurora, no Alto Vale do Itajaí, a modelo Maria Klaumann começa a brilhar. Depois da capa da Vogue no Brasil e Portugal, acaba de fotografar em Nova York para a campanha da grife de bem-estar Alo Yoga, que tem mais de 50 lojas nos Estados Unidos e entrada crescente no mercado europeu. Quem fez os clicks foi o conceituado fotógrafo Sebastian Sabal, pelas ruas da cidade.
Brasil-Japão
O Grupo Parlamentar Brasil-Japão, do Senado, terá o senador Esperidião Amin (PP-SC) como presidente. Foi o que decidiram os integrantes do novo colegiado, instalado esta semana. A vice-presidência ficará a cargo da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Cinismo
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, teve a petulância de assinar nota oficial para justificar despesas de “supremos” com seguranças, até no exterior, dizendo que “infelizmente, nos últimos anos, fomentou-se um tipo de agressividade e de hostilidade que passaram a exigir o reforço da segurança em todas as situações”. Esqueceu de dizer que os próprios “supremos” é que alimentam a crescente hostilidade contra eles, com suas decisões assombrosas, vergonhosas e, quando não, cínicas.