Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Campanha da Fraternidade 2017

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Campanha da Fraternidade 2017

Pe. Adilson José Colombi

Todo o ano vive-se o tempo do Carnaval. Logo após, a Igreja Católica inaugura o tempo da Quaresma, com o rito litúrgico da Quarta Feira de Cinzas. Como acontece há décadas, em 2017, também ocorrerá a Campanha da Fraternidade. É a CF2017. Cada ano traz um tema e um lema específicos. A desse ano também. Seu tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. E seu lema: “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15). Pretende ser uma explicitação a mais, da Encíclica do Papa Francisco Laudato Sì, reflexão a respeito de Nossa Casa Comum, o Planeta Terra.

Cada campanha acontece sempre no tempo forte, segundo a Igreja Católica, o tempo litúrgico da Quaresma. A Campanha da Fraternidade é uma verdadeira iniciação à fé e à sua prática. A conversão quaresmal é, ao mesmo tempo, um voltar-se para Deus, para o próximo e para a vida da Criação que nos cerca. Dessa forma, a CF procura auxiliar na formação do Povo de Deus, na vivência desse tempo de purificação\libertação, por meio do exercício da reflexão e na ação efetiva, a respeito de uma temática, do dia a dia, da realidade sociocultural, a fim de transformá-la.

Por isso, o Objetivo Geral é: Cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. E o documento entende como “Bioma” um conjunto de formas de vida parecidas num mesmo e vasto espaço, tanto vegetal quanto animal, uma dependente da outra, de forma contínua, com uma história semelhante, um clima semelhante.

Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

Ainda de acordo com o Bispo, a Campanha deseja, antes de tudo, que o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. “Cultivar e guardar nasce da admiração! A beleza que toma o coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. A campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.
A CF é promovida pela Igreja Católica, a mensagem, porém, vai além de qualquer credo, pois todos somos corresponsáveis no cuidado pela nossa Casa Comum. O cuidado e o zelo, com certeza, vão deixar a nossa Casa Comum mais habitável para nós e também para os vierem depois de nós. Tudo isso depende de cada um.

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