Candidatos a prefeito de Brusque têm opiniões diferentes sobre concessão de espaços públicos

Defensores da medida não falam em privatização, mas sim concessão; contrários querem manter equipamentos sob gestão do poder público

Candidatos a prefeito de Brusque têm opiniões diferentes sobre concessão de espaços públicos

Defensores da medida não falam em privatização, mas sim concessão; contrários querem manter equipamentos sob gestão do poder público

Os candidatos a prefeito de Brusque opinaram em temas relevantes sobre a cidade. Três perguntas elaboradas pelo jornal O Município foram enviadas às campanhas dos candidatos para que os concorrentes ao Executivo pudessem respondê-las.

O primeiro questionamento foi: “O senhor é a favor ou contra a privatização de equipamentos públicos como parque Zoobotânico, parque Leopoldo Moritz, Arena Brusque, pavilhão da Fenarreco e outros?”. Veja as respostas abaixo.

Os candidatos divergem sobre o tema. Os favoráveis não falam de privatização, mas sim concessão. André Vechi (PL) e Danilo Visconti (DC) defendem passar a gestão de equipamentos públicos à iniciativa privada, enquanto Cedenir Simon (PT) e João Martins (PSD) são contrários.

Resposta: Sou sim a favor do apoio da iniciativa privada na gestão de serviços e equipamentos públicos, mas não necessariamente privatização. Lembro que temos outros adventos, como concessão, parceria público-privada, permuta, terceirização e outros mecanismos para aproveitar melhor espaços e serviços públicos. O foco da prefeitura precisa ser em saúde, educação, obras de infraestrutura e demais serviços essenciais.

Nós, em menos de um ano, aprovamos a lei de parcerias público-privadas municipal, criamos o Comitê Gestor de Parcerias Municipais, assim como importantes instrumentos com a manifestação de interesse privado e já temos o Plano Municipal de Parcerias em andamento, no qual priorizamos os serviços de transporte coletivo e saneamento para concessão, e não privatização.

A próxima etapa do plano prevê o melhor uso em parceria com o privado do parque Leopoldo Moritz, já em estudo, e também do pavilhão e da Arena. O pavilhão e a Arena nunca tiveram Habite-se, e pela primeira vez na história estamos realizando obras para regularização destes equipamentos.

Resposta: Sou totalmente contrário à privatização. Normalmente, governos incompetentes e ultrapassados, como o atual de Brusque, lançam mão dessa medida, como forma de justificar a sua falta de habilidade de gestão. Todos os equipamentos listados foram construídos com recursos públicos e, no coração da nossa população, há uma maravilhosa relação de afeto e de pertencimento com cada um deles.

Nós vamos debater a vocação do Zoobotânico, recuperar o parque da caixa d’água, garantir a manutenção e potencialização da Arena Brusque e transformar nosso pavilhão da Fenarreco em Centro de Convenções e Eventos, climatizando o andar térreo e garantindo mais conforto.

Por outro lado, precisamos de investimentos no saneamento básico, especialmente na rede de coleta e tratamento do esgoto sanitário, que inexistem em Brusque e empurram nossos índices de saúde para baixo.

Nesse caso, a sua concessão à iniciativa privada é uma medida com a qual concordo, pois não há como o orçamento municipal suportar tamanho investimento. Projeto nesse sentido estava sendo encaminhado pelo prefeito Paulo Eccel, mas com a interrupção de seu governo, nenhum dos cinco prefeitos que o sucederam enfrentou esse problema.

Resposta: Sou a favor da concessão, principalmente do parque Zoobotânico. Está mais do que evidenciado que o poder público municipal não possui condições de ficar arcando com esse serviço de forma direta. A concessão deve ocorrer para que o parque possa ser revitalizado e o serviço ser prestado com maior eficiência à comunidade.

Resposta: Sou contra. Temos que manter esses locais em bom estado para que a nossa população possa utilizá-los. São espaços que fazem parte da nossa história. Nós temos que fomentar mais eventos para movimentar a nossa economia e promover o bem-estar de quem mora e gosta da nossa cidade, ao invés de entregá-los para uma empresa administrar.


Assista agora mesmo!

Kai-Fáh: Luciano Hang foi dono de bar em Brusque, onde conheceu sua esposa:


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