Caso Yeesco: audiência irá definir novas condutas da empresa na entrega de produtos
No encontro, que será realizado junto ao Procon, também será estipulado valor da multa
No encontro, que será realizado junto ao Procon, também será estipulado valor da multa
No dia 28 de maio irá ocorrer uma audiência com o Procon de Brusque e a Yeesco para definir um termo de ajustamento de conduta. Na ocasião, serão definidas regras para a empresa cumprir, como informar o prazo de entrega de mercadorias, além do valor total da multa imposta pelo Procon. Um prazo para o cumprimento dessas ações será definido.
A diretora do Procon, Raquel Schoening, contou ao O Município que existe uma ação civil do Ministério Público de Santa Catarina contra a empresa desde 2023, anterior à decisão do órgão.
Uma das reivindicações da ação foi a contratação de um novo serviço de atendimento ao consumidor para que a empresa tenha um sistema efetivo com os clientes.
Raquel afirma que a empresa não comunicava aos compradores o prazo de entrega das mercadorias, o que motivou diversas reclamações. Ela diz que após a decisão de fechamento do site as reclamações foram diminuindo e que diversos produtos estão sendo entregues.
Raquel diz que foi feita uma fiscalização na empresa e que todas as mercadorias solicitadas pelo órgão estão em estoque. “O problema deles é a logística. É uma empresa muito promissora para a nossa cidade, mas não podemos permitir que eles tirem o direito do consumidor”, diz.
Apesar da decisão de uma multa diária de R$ 10 mil seria aplicada, Raquel afirma que a Yeesco está alinhada com o órgão para zerar essas pendências. “Apesar de eles não terem seguido a nossa decisão de fechar o site, eles têm demonstrado boa vontade”, frisa.
No final de abril, o Procon de Brusque determinou a paralisação das vendas on-line devido ao número de reclamações. De acordo com o órgão fiscalizador, naquela ocasião, mais de 62 mil reclamações haviam sido registradas em 12 meses no site Reclame Aqui. A loja foi notificada.
A empresa argumentou que a determinação de suspender as atividades comerciais da loja virtual é uma medida abusiva e fere direitos. “A decisão é desproporcional e não atende à razoabilidade que o caso exige”, argumenta. A Yeesco diz ainda que “todas as reclamações estão sendo resolvidas junto ao consumidor”.
Além disso, a empresa alega que a Prefeitura de Brusque, em referência ao Procon, não tem poder de fechar a empresa, “provando mais uma vez o seu ato abusivo”. A Yeesco descreve ainda a medida como “absurdamente desproporcional e ilegal”, entre outros argumentos.