Casos de infectados com HIV diminuem em Brusque e região

No entanto, Ministério da Saúde estima que 112 mil brasileiros são portadores da doença e não sabem

Casos de infectados com HIV diminuem em Brusque e região

No entanto, Ministério da Saúde estima que 112 mil brasileiros são portadores da doença e não sabem

Em dezembro, mês dedicado à prevenção da Aids, Brusque pode comemorar, pois está na contramão do Brasil. Enquanto são estimados que 827 mil pessoas vivem no país com HIV – vírus causador da doença -, e apenas 455 mil estão em tratamento, os casos de soropositivos diminuíram na região.

Conforme dados do Observatório Social de Brusque (OSBr), entre 1980 e 2010 a cidade registrou 585 pessoas com soropositivo, sendo que os números caíram gradativamente, e em 2015 foram notificados 21 casos. Em Guabiruba, de 1980 a 2010 foram 32, número esse que foi reduzido para três no ano passado. Já Botuverá registrou duas pessoas portadoras da doença em 1980 e 2010, e em 2015 foi apenas um caso.

No entanto, mesmo com a queda de soropositivos na região, desde 1996 até 2014, 155 pessoas morreram em Brusque em decorrência da Aids. Guabiruba registrou 12 mortes e Botuverá teve uma morte registrada entre 1996 e 2010.

A secretária de Saúde de Brusque, Giselle Moritz, afirma que a queda de soropositivos no município é resultado do trabalho de prevenção realizado pelos profissionais da Saúde e também pela própria conscientização da população. Ela diz que as campanhas anuais de combate à Aids e as informações prestadas pelos colaboradores das Unidades Básicas de Saúde (UBS) são fundamentais para o baixo número. “A prevenção está fazendo a diferença. As pessoas sabem que têm que se cuidar, estão mais ligadas e cientes. Também há informações na mídia e nas escolas”, destaca.

Segundo a secretária, não há um perfil exato dos infectados atualmente pela doença em Brusque. Porém, é possível afirmar que são mais homens, entre 20 a 40 anos.

Testes rápidos em Brusque

Durante o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no dia 1º de dezembro, a Secretaria de Saúde de Brusque realizou uma ação de testagem rápida para HIV, sífilis e hepatite B e C. Foram atendidas 132 pessoas, que realizaram um total de 526 testes.

O objetivo da atividade foi chamar a atenção da população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A enfermeira Gisele Pruner Koguchi diz que durante a ação foi encontrado um caso positivo de HIV, também um de hepatite B e outros 14 casos positivos de sífilis. O resultado foi dado por meio de uma psicóloga e de forma sigilosa.

Os brusquenses que não participaram da ação, mas têm interesse em realizar a testagem devem procurar a UBS mais próxima de sua residência.

Aids em Santa Catarina

Em Santa Catarina, de 1984, quando foi registrado o primeiro caso de Aids no estado, até junho de 2016, foram notificados 43.101 casos de Aids. Em 2015, foram 2.755 novos registros, representando taxa de detecção de 31,9 a cada 100 mil habitantes – a segunda maior taxa do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul (34,7). De janeiro a junho deste ano, foram 838 novos casos em Santa Catarina. Em 2015, Florianópolis foi a segunda capital do país com a maior taxa de detecção de Aids: 53,7 para 100 mil habitantes. A primeira é Porto Alegre com 74 para 100 mil habitantes.

Mortes

De 1984 a 2015 foram registrados 11.578 óbitos por Aids em Santa Catarina. Em 2015, 580 pessoas morreram por Aids, representando uma taxa de mortalidade de 7,6 para cada 100 mil habitantes. Santa Catarina está na quinta posição entre os estados com maior taxa de mortalidade. Florianópolis é a terceira capital com a maior taxa de mortalidade por Aids – 13,6 para cada 100 mil habitantes, atrás de Porto Alegre (23,7) e de Belém (16).

Gestantes com HIV

De 2000, quando os casos de HIV em gestantes passaram a ser notificados, a junho de 2016, foram registrados 7.076 casos de HIV em gestantes. Em 2015, foram 521 novos casos em gestantes, representando taxa de 5,6 casos a cada 1 mil nascidos vivos. De janeiro a junho de 2016, foram notificadas 351 gestantes com HIV no estado. Florianópolis é a segunda capital com a maior taxa de detecção – 8,4 casos para cada 1 mil nascidos vivos, atrás de Porto Alegre (22).

Crianças com HIV

De 1980 a junho a 2016 foram diagnosticadas 1.027 crianças menores de cinco anos com HIV/Aids em Santa Catarina. Em 2015, 15 crianças foram diagnosticadas com HIV/Aids – taxa de 3,6 casos por 100 mil habitantes. De janeiro a junho deste ano quatro casos foram notificados.


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