Ceab avalia projeto de duplicação da rodovia Ivo Silveira
Traçado gerou reações porque exclui 1,5 km entre as rotatórias do Santos Dumont e do Steffen
Em reunião realizada nesta terça-feira, 11, o Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab) avaliou a versão do projeto de duplicação da rodovia Ivo Silveira (SC-108) apresentada pelo consórcio Beck e Sousa/MPB.
A primeira versão foi exibida para a comunidade de Brusque e Gaspar em audiência pública no dia 20 de agosto. O projeto ainda pode ser modificado – por isso foi feita a reunião -, mas o que foi exposto agradou ao engenheiro civil Cristian Fuchs.
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Com larga experiência em pavimentações, Fuchs avalia que o projeto tem como um ponto de destaque os cerca de dez elevados e passagens inferiores. Isso reduz os cruzamentos em mesmo nível, onde geralmente ocorrem acidentes.
“Um ponto legal são as interseções elevadas e passagens inferiores”, diz o engenheiro. Além disso, ele destacou que a obra tem um conceito mais urbano, pois leva em conta que praticamente toda a rodovia tem moradores às margens.
Segundo Fuchs, o projeto apresentado tem 24 quilômetros de vias marginais. Boa parte delas terá ciclofaixas, já que muitos moradores passam por ali diariamente.
A duplicação como um todo compreende 17 km. Sai das proximidades da Plasvale, em Gaspar, e segue até a rotatória que leva ao Santos Dumont, em Brusque. Serve de parâmetro para entender a grande quantidade de marginais, explica Fuchs.
O presidente do Ceab, Carlos Beuting, diz que o que foi apresentado até o momento aparenta ser positivo. “É um projeto bem elaborado, tem mais passarelas que a Antônio Heil”.
O número de passarelas para pedestres é destacado porque essas passagens são o centro da principal reclamação da comunidade no entorno da rodovia Antônio Heil, em direção a Itajaí. Na obra, não foram executadas passarelas e agora a população reclama de problemas de mobilidade.
Trecho esquecido
Um ponto polêmico do projeto é que ele para na rotatória do Santos Dumont, apesar de a jurisdição do estado ir até o Steffen.
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Segundo Fuchs, a informação repassada pela empresa na audiência pública é que ela foi contratada pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) somente para este trecho de 17 km.
Uma hipótese para a exclusão do 1,5 km são as desapropriações. Este trecho é justamente onde mais tem casas e comércios, portanto, o gasto com a aquisição de imóveis sairia muito alto.
Beuting pondera que é preciso avaliar se é necessário lutar para incluir essa parte na duplicação. Os técnicos avaliam que é necessário ver o custo-benefício, já que o custo será elevado.
O valor total da obra é de cerca de R$ 430 milhões. A fonte de financiamento seria o Bando Interamericano de Desenvolvimento (BID).