Cerca de 200 testes da orelhinha são realizados na Uni Duni Tê por mês, em Brusque

Teste é responsável por detectar alteração no aparelho auditivo do bebê

Cerca de 200 testes da orelhinha são realizados na Uni Duni Tê por mês, em Brusque

Teste é responsável por detectar alteração no aparelho auditivo do bebê

A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala, da linguagem e da aprendizagem. Por isso o Teste da Orelhinha é essencial para detectar alterações no aparelho auditivo de um bebê, ainda no primeiro mês de vida.

A Clínica de Terapia Integrada Uni Duni Tê, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), realiza o exame desde 2002. No ano passado 2.162 crianças de Brusque, Guabiruba, Botuverá e da região realizaram o Teste da Orelhinha. São realizados, em média, 193 atendimentos por mês.

A fonoaudióloga da clínica, Aline Andréia Cividini, explica que por se tratar de uma triagem, algumas crianças tem que repetir o teste. No monitoramento auditivo foram realizados 328 atendimentos em 2015 – sete crianças foram encaminhadas para o Centro de Referência em Florianópolis e duas delas diagnosticadas com deficiência auditiva. Essas estão dando continuidade no processo de protetização e na habilitação auditiva. Já neste ano foram encaminhados dois bebês para a alta complexidade e aguarda-se o fechamento do diagnóstico.

Aline afirma que na Uni Duni Tê o Teste da Orelhinha faz parte do programa Saúde Auditiva: Triagem e Monitoramento. Portanto, além do exame, as crianças que apresentam algum indicador de risco para perda auditiva são acompanhadas sistematicamente. “Isso porque essas crianças tiveram fatores em suas histórias que podem comprometer a audição até o terceiro ano de vida”.

Deficiência auditiva

A fonoaudióloga diz que o teste deve ser feito até o primeiro mês de vida do bebê, pois por se tratar de uma triagem, em casos de possíveis alterações a criança deverá ser encaminhada para exames complementares o mais rápido possível. Ela afirma que segundo dados de diferentes estudos epidemiológicos, do Ministério da Saúde de 2012, a prevalência da deficiência auditiva varia de um a seis para cada mil nascidos vivos, e de um a quatro para cada cem recém-nascidos provenientes de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

A coordenadora da Uni Duni Tê, Valdete Battisti Archer, diz que no caso de confirmação da deficiência auditiva a intervenção deverá ser iniciada antes dos seis meses de vida. Ela afirma que a ação rápida possibilitará melhores resultados para o desenvolvimento da função auditiva, da linguagem, da fala, do processo de aprendizagem, favorecendo a inclusão no mercado de trabalho e a garantia da qualidade de vida.

É lei

Em Brusque, lei municipal garante a obrigatoriedade do exame desde junho de 2003. Em território nacional passou a ser obrigatório gratuitamente somente em 2 de agosto de 2010.


Atendimento

O Teste da Orelinha é realizado pela Uni Duni Tê, de segunda a quinta-feira, das 13h às 16h, com atendimento por ordem de chegada. É preciso trazer para o exame: cartão nacional do SUS da mãe ou da criança; cópia do comprovante de residência; certidão de nascimento do bebê; carteira de saúde do bebê; CPF ou RG dos pais e cartão de gestante da mãe. Informações no 3351-2482 ou 8424-0617.


Teste da Orelinha

O que é?
É um exame para detectar se o bebê tem problemas de audição. Um aparelho eletrônico com fone é colocado no ouvido da criança para captar as respostas auditivas.

Com que idade fazer?
O ideal é que o teste seja feito no primeiro mês de vida. A descoberta tardia pode dificultar o tratamento.

É necessário refazer?
Caso o ouvido do bebê não responda aos estímulos do exame, ele deverá passar por outras avaliações para esclarecer se o problema é temporário ou permanente.

É doloroso para o bebê?
O teste é indolor, acontece com o bebê dormindo e não tem contraindicações.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo