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Cerca de 800 alunos da Fundação Cultural de Brusque ficarão sem aulas a partir de agosto

Motivo é a exigência do MP-SC para a realização de concurso público para contratação de professores

Alunos dos cursos de bateria, violão, prática em conjunto e dança da Fundação Cultural de Brusque terminarão o ano letivo mais cedo neste ano. As aulas, que geralmente vão até o fim do ano, desta vez serão encerradas com um recital no dia 15 de agosto.

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O motivo para o fim antecipado destes cursos é a ação civil pública ajuizada em maio pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) contra a Prefeitura de Brusque e a Fundação Cultural. Segundo o órgão, o governo tem praticado ilegalidade ao não realizar concurso para a pasta, mantendo a contratação de servidores temporários.

De acordo com o coordenador geral da Fundação Cultural, Igor Alves Balbinot, os contratos dos 13 professores e instrutores ACTs encerram em meados de agosto, mas não é possível fazer a renovação com esses profissionais até o fim do ano e nem realizar outro processo seletivo simplificado porque o MP-SC exige o concurso, por isso, não é possível continuar com as aulas no segundo semestre.

“Infelizmente vamos ter que fazer o encerramento em agosto. Para não acabar de repente, optamos por realizar o recital com os alunos que sempre é feito no fim do ano, no dia 15 de agosto”, diz.

Hoje, a Fundação Cultural tem em torno de mil alunos, entre crianças, jovens e adultos. A maioria – cerca de 800 – terão os cursos interrompidos em agosto. Além desses, o órgão tem também aulas de capoeira, artesanato e pintura em tela, que contam com professores efetivos e, por isso, continuarão normalmente.

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Balbinot afirma que o concurso público exigido pelo MP-SC está em fase de elaboração e o edital deve ser lançado nas próximas semanas. Porém, não haverá tempo hábil para que os aprovados no concurso iniciem o trabalho ainda neste ano. “O processo demora uns 80 dias, a partir do lançamento do edital, por isso, optamos em encerrar os cursos em agosto”.

“Nos planejamos para manter os cursos até o fim do ano, mas infelizmente não será possível. Sabemos que prejudica os alunos, mas não temos o que fazer. Os cursos voltarão a ser realizados no próximo ano, já com os professores efetivos contratados”, completa.