Colecionadores de camisas de futebol da região comentam sobre o hobby

No estado, são realizados encontros entre os amantes dos artigos para troca de experiência e até de material

Colecionadores de camisas de futebol da região comentam sobre o hobby

No estado, são realizados encontros entre os amantes dos artigos para troca de experiência e até de material

As camisas de clubes sempre foram objeto de admiração dos amantes de futebol. Alguns, contudo, ultrapassam a linha entre a apreciação e a fixação. Em Brusque e região, aumenta o número de colecionadores de camisas dos mais variados estilos. Enquanto alguns acumulam todo o tipo de uniforme, outros mantêm foco em um clube específico.

Coloridas, repletas de simbologia e principalmente representantes de guerras campais, as ‘fardas’ dos principais times de futebol do mundo embelezam o acervo dos colecionadores e também aquecem a economia com a comercialização em lojas físicas e sites de venda – na internet é que é encontrada a maioria dos artigos mais raros. No estado, são realizados encontros entre os amantes dos artigos para troca de experiência e até de material.

Paixão que bate recordes

Figura certa em praticamente todos os jogos do Bruscão – dentro ou fora de casa -, Richard Tierri Andrietti nutre uma paixão que foge apenas do cenário das partidas. O finalizador de arte têxtil é o maior colecionador de camisas do Quadricolor do Vale do mundo. São 43 camisas, sendo 41 oficiais, uma comemorativa dos 15 anos do Catarinense de 1992 e até mesmo um protótipo feito pela Luba Esportes como opção para terceira camisa de 2009, artigo raríssimo.

O brusquense tem uma estratégia para adquirir todas as camisas. Desde 2008, ele compra regularmente os artigos lançados nas lojas, e para obter as mais antigas a internet é a ferramenta utilizada. Através principalmente do site Mercado Livre e com grupos de colecionadores nas redes sociais, ele conseguiu dilatar seu acervo.

Mas também existem outros meios, como explica Andrietti. “Já vi gente na rua com camisas que achei interessante e abordei para tentar comprar. Às vezes dá certo, as vezes não. Também tenho muitas camisas doadas por amigos que sabem que eu coleciono. A história mais engraçada é a de um amigo meu torcedor do Metropolitano que encontrou um morador de rua em Blumenau com uma camisa antiga do Brusque e comprou para me dar de presente”, completa.

A mais difícil de adquirir segundo o colecionador foi a camisa de 1989, ainda de algodão, resultado de uma barganha com seu barbeiro que expunha o uniforme no salão. Andrietti, de 25 anos, participou do primeiro encontro de colecionadores de camisas de futebol de Santa Catarina, em 2011, em Blumenau.

Do amador ao profissional

Há dois anos, o guabirubense e acadêmico de engenharia civil André Westarb começou a adquirir e reunir camisetas. Flamenguista, teve como primeiro artigo uma camisa rubro-negra de 1997. A partir daí, não parou mais de ampliar o seu acervo. Entre camisas do Fla e outras de clubes europeus, o que surpreende é que Westarb também encontra espaço também para clubes amadores de futebol, em especial o Olaria, em que faz parte da comissão técnica.

Em meio a 82 camisas, fica difícil para Westarb nomear aquela que ele considera a mais importante. “Tenho carinho por várias. A da Seleção Brasileira de 2002, e a do Flamengo de 2001, aquela em que o Petkovic marcou o gol no final contra o Vasco no Carioca. Também tem a do Olaria de 2013, primeiro título com o clube. E claro, a do Flamengo de 1997 que foi a primeira, entre outras”, completa.

No último mês, Westarb participou de um encontro de colecionadores, realizado em Itajaí. “Compramos, vendemos e trocamos camisas, além de livros e outras coisas”, diz. O guabirubense também guarda um carinho pelos clubes de Brusque, já que possui camisas do Carlos Renaux, do Paysandú e do Brusque Futebol Clube.

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