Com a chegada da Primavera insetos procuram construções para abrigar enxames
Essa ação é realizada para se protegerem dos predadores
Essa ação é realizada para se protegerem dos predadores
A temporada de reprodução dos insetos – marimbondos, abelhas e vespas – começou. Com isso, torna-se comum o aparecimento desses animais nas residências, local escolhido para abrigar os enxames. Apesar de terem uma picada dolorida, eles não apresentam grandes riscos ao ser humano, exceto aqueles que são alérgicos. O biólogo Rodrigo Fischer Silveira de Souza, explica que por serem insetos de sangue frio, dependem da temperatura para praticar suas atividades e se alimentar. “É nas épocas de Primavera e Verão que eles migram e, muitas vezes, procuram abrigo em construções urbanas para se protegerem contra o vento e a chuva, bem como, dos predadores naturais, que são as aves e formigas”, diz.
Na última semana, o Corpo de Bombeiros Militar de Brusque atendeu dois chamados para eliminação de marimbondos. O sargento Carlos Speck informa que esses chamados acontecem durante todo o ano, mas é na temporada de calor que o número de ocorrências tende a aumentar. Em janeiro deste ano, por exemplo, segundo dados repassados pelo Corpo de Bombeiros, foram atendidos oito casos.
Segundo o biólogo, durante o inverno esses insetos migram para outros locais mais protegidos do frio, pois a busca por alimentos diminui. “Tanto as abelhas como os marimbondos são importantes na polinização de diversas espécies vegetais e atuam no controle da população de outros animais, incluindo aqueles considerados praga para agricultura”, comenta Souza.
O sargento lembra que a maioria dos chamados são para conter abelhas. Porém, como está proibido a eliminação delas, orientam a chamar um apicultor. “Para evitar que esses insetos façam seus enxames nas residências, nossa dica é, quando começarem a produzir as casas de barro, eliminá-las, pois como está pequena, não terá muitos insetos”, orienta. Ele indica ainda o uso de spray de inseticidas para o combate dos animais ou o acionamento do Corpo de Bombeiros ou de uma empresa de dedetização. “Não orientamos o uso de fogo, porque pode virar um incêndio”, ressalta.
O biólogo lembra que, em casos de reincidência de instalação do vespeiro no mesmo lugar, é necessário a eliminação do abrigo. “Por exemplo, colocar algum obstáculo, vedar frestas ou buracos por onde eles adentraram, remover materiais inservíveis (caixotes, móveis, pneus, etc), renovar a pintura ou verniz, entre outros”, detalha.
Ele acrescenta que esses insetos só costumam ferroar quando se sentem ameaçados. Por isso, próximo a esses ninhos não deve-se fazer movimentos bruscos. “Caso seja ferroado, verifique se não há alguma reação alérgica. Se tiver, procure um médico, assim como em casos que a picada for na cabeça ou pescoço”, diz.