Com a crise, consumo de carnes de frango e de porco cresce em Brusque

Segundo associação de supermercados, procura pelas duas carnes dobrou nos últimos meses

Com a crise, consumo de carnes de frango e de porco cresce em Brusque

Segundo associação de supermercados, procura pelas duas carnes dobrou nos últimos meses

Para driblar a crise econômica, os consumidores estão improvisando até mesmo nas compras semanais de alimentação. Um reflexo desse movimento é o aumento no consumo das carnes suínas e de frango em comparação ao consumo da carne bovina. Em Brusque, os supermercados registraram esse crescimento nos últimos meses.

No O Barateiro do bairro Azambuja, a comercialização de carnes suína e de frango dobrou nos últimos seis meses. Segundo o gerente José Francisco Merizi, o consumidor opta por comprar, por exemplo, dois quilos de carne suína e três quilos de carne de frango em vez de adquirir apenas um quilo de carne bovina.

“O dinheiro está curto e o cliente está substituindo para poder continuar consumindo. Eles buscam o que é mais em conta. Além disso, a carne de boi também subiu. Hoje, a mais barata custa R$ 10”, diz.

O aumento no valor da carne bovina, somado à crise econômica, também é o argumento do gerente de compras do Archer, Udo Wandrey, para explicar o crescimento no consumo das carnes suína e de frango.

“Sempre que a bovina dá uma disparada, aumenta a procura pela de frango e pela suína. O pessoal também está com pouco dinheiro, mas quer continuar consumindo carne. Aqui tem aumentado a procura, principalmente pela de frango”, explica Wandrey.

No Archer, segundo o gerente, o aumento na comercialização de ambas as carnes subiu 10%. Wandrey afirma ainda que, dependendo do tipo de carne, a diferença de preço entre o quilo da suína e da de porco e o quilo da bovina pode chegar a R$ 10.

Movimento normal

Para o vice-presidente da sucursal do Vale do Itajaí da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Osnildo Maçaneiro, movimentos relacionados à mudança no tipo de produto consumido são comuns em épocas de crise. Segundo ele, os supermercados registram com frequência as alterações no perfil de preferência dos consumidores.

“Houve essa migração por causa dos preços. A carne de frango é um quarto do preço da carne bovina e a carne suína é um terço do preço da carne bovina. Então as pessoas estão com receio e preferem migrar de consumo. A procura por essas duas carnes dobrou neste ano”, diz.

Maçaneiro ressalta também que, embora o consumidor opte por segurar o bolso, ele não descartou totalmente a carne bovina. O vice-presidente afirma que o tradicional churrasco, por exemplo, segue aos domingos, porém, o consumidor está procurando carnes em promoção.

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