Com estrutura grandiosa e muita emoção, espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre comove cerca de 4,5 mil pessoas em Guabiruba
Peça conta com equipe de mais de 500 pessoas e acontece na igreja São Cristóvão, no Aymoré
Peça conta com equipe de mais de 500 pessoas e acontece na igreja São Cristóvão, no Aymoré
Como é tradição, o espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre emocionou as mais de 4,5 mil pessoas que foram até a igreja São Cristóvão, no Aymoré, em Guabiruba, na noite desta quinta-feira, 28. Esta foi a primeira de duas apresentações deste ano. A atração é promovida pela Associação Artístico e Cultural São Pedro (AACSP).
A edição de 2024 de Paixão e Morte de Um Homem Livre reforça a importância das mulheres na história da salvação de Jesus Cristo. O espetáculo, considerado um dos maiores a céu aberto do Sul do país, foi apresentado em um palco de 600 metros quadrados de área e contou com a participação de 514 voluntários, sendo 392 atores e atrizes e 122 integrantes da equipe técnica.
O espetáculo de cerca de duas horas e meia contou com muita beleza, alegorias, lindos cenários e riqueza de detalhes desde a criação do universo segundo a Bíblia Sagrada, o nascimento de Jesus, suas obras e milagres e, posteriormente, seu julgamento, crucificação, morte e ressurreição. A peça foi encerrada com uma música cantada por todos os participantes no palco e uma linda queima de fogos de artifício.
“Temos um sentimento de gratidão. Para toda a diretoria, conselho fiscal, equipe de produção do espetáculo, é uma grande satisfação e alegria. Quando acaba uma edição, já começamos a pensar na próxima. É uma felicidade para todos nós”, destaca Sérgio Valle, presidente da AACSP e coordenador geral do espetáculo.
Para esta edição, foram instalados telões de LED instalados dos dois lados da plateia para uma melhor visualização do público presente e também foi montada uma praça de alimentação variada.
A cada edição, o Paixão e Morte de Um Homem Livre, traz um novo enredo que conta a história da ressurreição de Jesus Cristo com uma nova perspectiva. “O enredo, de forma geral, é o mesmo, mas cada edição tem cenas inéditas, com bastante emoção e paixão”, explica Sérgio.
Vagner José Valentim é um dos quatro responsáveis por interpretar Jesus Cristo. Devido à grandeza do espetáculo, as cenas que envolvem o personagem central da história são divididas entre os quatro, garantindo a fluidez do espetáculo.
Ele interpreta Jesus Cristo pela terceira vez, mas admite que é uma responsabilidade grande. Vagner conta que, além da preparação artística, também é importante estar espiritualmente pronto para o espetáculo.
“A história é contada em torno dele, é o personagem principal. Mas somos muito bem orientados pelos diretores e também buscamos referências para nos inspirarmos. Cada vez que se aproxima, o coração começa a bater mais forte. Também tentamos buscar mais as coisas de Deus para estar bem preparado para tocar o coração das pessoas e trazer Jesus como uma luz nos seus caminhos”.
Em uma edição em que o foco foi aumentado nas mulheres da história, a responsabilidade de interpretar Maria, mãe de Jesus, é de Patrícia Ines Seubert Schlindwein. Ela já participou do espetáculo outras vezes, mas admite que ficou surpresa e também muito honrada quando soube o papel que assumiria desta vez.
“Já fiz vários papéis desde 1999 e, para mim, como católica e catequista, interpretar Maria, a mãe de Jesus, é uma grande honra. Para me preparar para o papel, fui conhecer mais a fundo a vida dela e descobri, por exemplo, que ela não chora, mesmo com tudo que Jesus passou. Ela simplesmente sofre. É um detalhe que faz toda a diferença”, conta.
Edson Carminatti participa do espetáculo desde 1999 e já interpretou vários papéis, inclusive o de Jesus Cristo, mas, pela segunda vez, incorporou Pôncio Pilatos. Ele conta que é nítido o crescimento do evento, cada vez mais tecnológico e também preparado para receber o público. “Há uma notória evolução de palco, figurinos, do som e do conforto das pessoas. Temos uma ótima infraestrutura que atrai ainda mais o público”.
Ederson Vanolli interpreta o rico rei, Herodes Antipas, que, como ele mesmo conta, é temperamental, traiçoeiro e autoritário e que é consultado por Pilatos antes da crucificação de Jesus. Pela segunda vez, ele participou do espetáculo e destaca como é gratificante ver a emoção das pessoas.
“Eu já trabalhava em retiros e isso me despertou o interesse de ser voluntário do Paixão e Morte. É uma maneira diferente de evangelizar. Esperamos sempre comover quem vem acompanhar”.
O espetáculo é uma tradição de Guabiruba, mas que, cada vez mais, atrai fiéis de outras cidades. Elena Dechering, o marido Jean e o filho Guilherme vieram de Blumenau para prestigiar a atração.
“O que me trouxe foi a vontade de conhecer mais a história, ter mais conhecimentos, paz. Esse lugar me causou muita emoção desde a chegada”, admitiu.
Rubens Kahl, de Brusque, foi ao espetáculo com a companheira Ana Claudia, e conta que fez questão de ir ao evento pela primeira vez para honrar a sua tradição católica.
“Vim para cultivar esse espírito de renovação. Essa apresentação é muito bonita. O espetáculo faz com que a gente se comova, toca o coração”.
Renate Graf, que é uma frequentadora assídua do evento em Guabiruba, ressalta a grandiosidade do espetáculo. “Venho há vários anos e, a cada ano, me comovo mais. Eu sou cristã, gosto de presenciar a paixão e morte de Cristo. Aqui, em especial, é muito bonito. Admiro aqueles que promovem, organizam e também os artistas, porque é um trabalho muito bonito, que vale a pena ser visto”.
Fotos: Bruno da Silva/O Município
Os ingressos para a segunda noite da 24ª edição do espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre, nesta sexta-feira, 30, às 19h30, já estão esgotados.
O espetáculo é uma realização da AACSP, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, com patrocínio de Havan, Stock Archer, Kohler & Cia, Guabifios e Hipertêxtil, e patrocínio da Prefeitura de Guabiruba por meio da Fundação Cultural.
Há estacionamento interno no local. No primeiro portão, entram os ônibus e a entrada para facilitar o acesso para quem tem necessidades especiais (só para desembarque). No portão 2, está o estacionamento, com vagas para 250 veículos e valor é R$ 10. Já no estacionamento externo o valor é R$ 20.
Bombeira sofre fratura no pé, enquanto salva mulher que se afogava no rio Itajaí-Mirim, em Brusque: