Com melhor estrutura, Ampebr é cortejada a levar Pronegócio para outras cidades
Ampebr cortejada
Com o anúncio da interdição temporária do pavilhão da Fenarreco e a impossibilidade de realização da rodada de negócios da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque (Ampebr) no local, abriu um novo leque de possibilidades e novos interessados. Hotéis e centros de eventos de outras cidades já estão de olho na situação. Cidades como Blumenau, Balneário Camboriú e Itajaí tem sondado a diretoria da entidade para que a Pronegócio saia de Brusque.
Por enquanto
As ofertas e sondagens que chegaram até o momento permitiram a realização de eventos em condições muito melhores do que as disponíveis em Brusque. Por enquanto, no entanto, a preferência continua sendo a realização da Pronegócio em nossa cidade, mesmo sem o local devido e a atenção merecida para esta importante iniciativa.
A pedido do prefeito
A versão divulgada anteriormente de que o prefeito Jonas Paegle havia pedido que o município de Guabiruba devolvesse a escultura “O Semeador”, baseada em uma suposta determinação do governo federal, que financiou sua elaboração, é fantasiosa. Em resposta a pedido de informação da Câmara de Brusque, o próprio prefeito de Brusque admitiu, em ofício por ele assinado, que “inexiste qualquer documento do governo federal requerendo o retorno da escultura”. Ele ainda emendou: “o retorno da escultura decorreu de uma solicitação pessoal do prefeito”.
Semelhança e coincidência
Ou seja, criou-se uma falaciosa versão, que inclusive foi difundida pelo prefeito de Guabiruba, o qual deu entrevistas informando que o governo havia pedido a escultura com essa justificativa, quando tudo não passava de uma vontade pessoal do prefeito. Cabe ressaltar que “O Semeador” é tema de uma ação judicial na qual se questiona o fato de ter sido, segundo o Ministério Público, elaborado “à imagem e semelhança de Dagomar Carneiro”, vice-prefeito na época da execução da escultura, o qual, por coincidência, é hoje diretor-presidente do Instituto Brusquense de Previdência (Ibprev).
Cesta básica
O preço médio da cesta básica de Brusque ficou em R$ 369,19 em janeiro deste ano, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), um valor que é 2,93% maior do que o mês anterior. Itens como o tomate, a batata e a banana puxaram a alta dos preços. No acumulado dos últimos 12 meses, o custo da cesta básica em Brusque subiu 3,84%, conforme o relatório do Dieese.
Visita
O prefeito em exercício de Brusque, Ari Vequi, visitou nesta quinta-feira, 8, o novo presidente da Câmara de Vereadores, Celso Emydio da Silva (DEM). Ao lado do líder de governo, Deivis da Silva (PMDB), ele parabenizou Celso pela vitória unânime na eleição da Câmara. “A intenção desta visita é mostrar a abertura do Executivo para trabalhar em conjunto e parceria com o Legislativo, respeitando sempre, é claro, a autonomia dos poderes e a boa troca de ideias”, disse.
EDITORIAL
A cidade que merecemos
Um dos temas recorrentes nos editoriais deste nosso O Município é aquela velha dúvida: “qual é a cidade que queremos?” Tudo o que se faz no âmbito da administração municipal ou mesmo da atividade privada, numa aglomeração urbana, acaba tendo reflexos futuros no tipo de cidade que vai sendo construída.
Um bom lugar para viver é resultado de alguns anos de cuidados e planejamento. Da mesma forma, um lugar desagradável, atravancado, feio, é resultado de alguns anos de desleixo.
E, tanto num quanto noutro caso, as responsabilidades são compartilhadas entre os administradores públicos (principalmente municipais, mas com parcelas de “culpa” estaduais e federais também) e os cidadãos que vivem, estudam e trabalham na região.
Por isso projetos como o que vimos ontem descrito neste nosso jornal merecem a atenção de todos. O redesenho e a reforma da praça Barão de Schneeburg e seu entorno mostram um caminho interessante para aquela parte da cidade, que pode e deve tornar-se num local agradável, de encontro e lazer.
Oferecer mais espaço ao pedestre, mesmo às custas de limitar um pouco a circulação de veículos automotores, é tendência mundial, seguida nas cidades de melhor qualidade de vida.
Essas intervenções urbanas não deveriam, contudo, ser tratadas isoladamente. Não faz sentido revitalizar a Barão de Schneeburg e pensar numa utilização para a Gilberto Colzani, por exemplo, sem pensar, ao mesmo tempo, em como resolver outros problemas que, no fundo, fazem parte do mesmo elenco de situações.
A abundância de ambulantes e a proliferação de carrinhos de cachorro quente (mini “food trucks”, se preferirem) precisam não só de regulamentação adequada, mas de inserção nos planos e projetos.
Revitalizar espaços públicos não é só trocar o piso e colocar luminárias novas
Com regras claras, fiscalização e espaços definidos, ganham a cidade e seus habitantes, porque continuam a contar com uma opção mais acessível de alimentação, sem que isso destoe da organização que se quer dar aos espaços públicos. E sem que haja conflitos com os comerciantes estabelecidos que merecem, da cidade e dos cidadãos, todo respeito, pelos serviços que prestam e pelos impostos que pagam.
Revitalizar espaços públicos não é só trocar o piso e colocar luminárias novas. É dar nova vida à relação que temos com a cidade e com os demais moradores.
A cidade (o Executivo municipal, os vereadores, demais autoridades e os eleitores/contribuintes) tem que começar a construir, hoje, a cidade bonita e bem cuidada em que deseja que seus filhos e netos vivam.
É fundamental definir logo e começar a construir o quanto antes não apenas a cidade que queremos mas, principalmente, a cidade que merecemos.