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Com subsídio da prefeitura, Nosso Brusque projeta novos horários de ônibus

Consórcio está atuando de forma emergencial na cidade por um período de seis meses

Em fevereiro deste ano, a Câmara de Vereadores aprovou o pagamento de um subsídio de até R$ 259 mil, para as empresas Santa Teresinha Transporte e Turismo S.A. e Santa Luzia Transportes e Turismo Ltda, que operam o transporte coletivo de Brusque. 

O pagamento, que é fruto de um acordo judicial, é feito mensalmente pela prefeitura e tem como objetivo cobrir os prejuízos causados pela pandemia da Covid-19.

Diretor do consórcio Nosso Brusque, que engloba as empresas Santa Teresinha e Santa Luzia, Artur Klann explica que o subsídio repassado para o consórcio não é fixo.

“Ele é calculado com base na quilometragem e no número de passageiros que utilizaram o transporte no mês em questão. Foi aprovado o valor de até R$ 259 mil, mas todos os meses é feita a planilha com os dados do serviço e o levantamento do valor que deve ser pago pela prefeitura dentro do subsídio”.

De acordo com ele, o subsídio que o consórcio recebe está sendo fundamental para a manutenção do transporte coletivo na cidade.

“A operação já estava praticamente parada. Não teríamos condições de operar sem esse subsídio. É algo necessário, que com certeza veio para nos auxiliar neste momento”.

Novos horários

O diretor do Nosso Brusque afirma que a demanda pelo transporte coletivo em Brusque aumentou no último mês, por isso, a empresa já repassou para a prefeitura uma proposta de acréscimo de horários em algumas linhas.

No início de abril, O Município publicou reportagem com a reclamação de usuários sobre os poucos horários disponíveis, o que gera superlotação dos ônibus.

“Já fizemos um levantamento para acrescentar novos horários e estamos no aguardo da prefeitura para poder começar a operacionalizar”.

De acordo com ele, toda a alteração referente ao transporte coletivo na cidade precisa ser aprovada pela prefeitura.

“Com novos horários, vai aumentar a quilometragem, o consumo de combustível. Um ônibus a mais já impacta no valor da passagem, do subsídio, por isso é preciso ter bastante cuidado para não exceder. A proposta já está com a prefeitura e esperamos alinhar tudo com eles para conseguir fazer o mais breve possível”.

Klann destaca que o bairro Limeira é o local com maior demanda pelo transporte coletivo na cidade atualmente. “Já colocamos alguns pontos de ajuda nos horários de pico, mas ainda assim tem demanda. Com certeza, é o bairro com a maior oferta de horários e ainda terá um acréscimo”.

Outras linhas com bastante movimento e que devem receber novos horários são as que levam para as localidades de Sorocaba, Beco Pavesi e também para o Águas Claras.

Contrato emergencial

O secretário de Fazenda e Gestão Estratégica, William Molina, explica que o consórcio Nosso Brusque está operando na cidade por meio de um contrato emergencial, já que não havia tempo suficiente para elaborar o termo de referência para um novo processo licitatório e contratação de uma nova empresa para prestar o serviço no município. O contrato emergencial iniciou em fevereiro e tem validade de seis meses. 

“Os custos operacionais que a empresa apresentou foram maiores do que a receita. Foi feito um estudo com a agência reguladora, levantamos custos de combustível, motorista, cobrador, manutenção e se comprovou que era necessário que fizesse esse subsídio”.

Neste período, a equipe da prefeitura está fazendo um acompanhamento de todas as rotas para poder elaborar o novo processo de concessão do transporte coletivo na cidade.

“Nossa equipe está identificando todas as rotas percorridas in loco, acompanhando os ônibus com GPS para confirmar as linhas, e também o processo de bilhetagem, embarque e desembarque e todas as questões dos custos operacionais do contrato emergencial”.

De acordo com Molina, a redução dos casos de Covid-19 na cidade fez com que a demanda pelo transporte coletivo aumentasse, entretanto, muitas rotas que foram modificadas durante a pandemia por falta de usuários ainda não voltaram ao normal e estão sendo feitas gradativamente.

“Estamos recebendo solicitações e fazendo os estudos para entender a necessidade e voltar a atender como era antes da pandemia”.

O secretário ressalta que é importante a prefeitura entender as rotas e também a demanda dos usuários para que a nova empresa que assumir a concessão tenha todas as informações necessárias para iniciar o trabalho na cidade.

“Com o fim do contrato emergencial, a nova empresa vai precisar de um tempo para se instalar e ter todas as informações é fundamental. Estamos com um prazo de trabalho curto, mas vamos conseguir”, afirma.