Combustível apresenta queda de preço em postos de Brusque
Desde o fim de novembro, indicadores mostram preço médio do litro da gasolina comum R$ 0,27 mais barato
O valor pago pelo litro da gasolina comum tem caído nas bombas dos postos de combustíveis de Brusque. O fenômeno é percebido desde o fim de novembro, quando a Agência Nacional do Petróleo (ANP) cotou o produto em 10 empresas locais, em seu acompanhamento periódico de preços. Até o início desta semana, em média, o litro saía por R$ 0,27 menos, em comparação com o fim do mês passado.
Baseado nos levantamentos da ANP, O Município consultou oito postos para chegar ao valor médio de R$ 4, no início desta semana. Quem fosse abastecer próximo ao dia 26, quando a entidade fez sua cotação, pagaria R$ 4,27 por litro, nos mesmos postos. Durante o mês de novembro, o preço máximo do litro apurado na cidade foi de R$ 4,39.
O repasse de valores mais atrativos para os clientes é reflexo de um custo mais baixo para os postos. Segundo o proprietário do posto Ulber, no bairro São Pedro, José Pedro Gonçalves, a mudança ajuda a reduzir a pressão vivida no setor.
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Além das margens de operação menores até a queda nos preços, ele relata a rotina de cobrança vivida pelos trabalhadores do setor por redução imediata após as variações da cotação das distribuidoras. As reduções nos preços dos combustíveis nas refinarias e distribuidoras, de acordo com ele, não significam um reflexo direto nas bombas.
Revisões com cautela
De acordo com o empresário, é comum que os reajustes diários de preços sejam repassados para os postos já na compra. Em média, as variações diárias são próximas de um centavo. Já para as revendas, acredita não ser possível acompanhar a dinâmica do mercado e repassar aumentos e reduções na mesma velocidade.
O motivo está na demora para zerar os estoques. A cada nova compra, os estoques costumam levar cerca de três dias para serem renovados. “Se tenho o combustível no tanque com um preço, preciso manter, mesmo que tenha mudado”.
A situação é semelhante à vivida pelo gerente Paulo César Quilado, do Agricopel. De acordo com ele, mesmo sendo possível repassar preços melhores para os clientes, o setor ainda não opera com margem e preços de mercado ideais. “Até para nós estava caro, também precisamos abastecer. Agora estamos trabalhando com uma margem melhor e o preço também está mais atrativo”.
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Para ele, o período mais crítico foi há dois anos. Na época, a empresa precisou reduzir a carga horária da equipe nos horários de menor movimento. No fim do ano passado, com o acumulo das dificuldades, precisaram demitir dois servidores. Um dos cargos só foi reposto recentemente.
Otimismo
Na unidade, os valores praticados foram alterados há cerca de duas semanas, após um custo menor com a distribuidora. Segundo ele, com as mudanças diárias a solução é absorver os custos. “Hoje é possível trabalhar. Estávamos no limite, assim, conseguimos repassar um pouco desta redução para o cliente”
De acordo com Quilado, caso haja uma melhora no preço do diesel, os outros insumos acabem acompanhando a baixa no valor final. O gestor se diz otimista com a nova política adota e acredita ser possível atrair novos investimentos para o setor.