Comerciantes às margens da Antônio Heil têm queda nas vendas com duplicação
Lojas buscam adaptações após perda de espaços que antes serviam como estacionamentos de clientes
Lojas buscam adaptações após perda de espaços que antes serviam como estacionamentos de clientes
Apesar da duplicação da rodovia Antônio Heil ter facilitado acessos e saídas de Brusque, comerciantes das lojas que ficam às margens da estrada têm enfrentado problemas com grandes reduções nas vendas em função da obra.
A duplicação utilizou espaços que antes serviam como estacionamento para que fossem feitas as novas pistas. Dessa forma, os lojistas reclamam que potenciais clientes sequer param para entrar nas lojas, por não terem onde estacionar.
Algumas lojas buscam adaptações para minimizar as perdas. A gerente da boutique Pikuxa, Fátima Ostrowski, relata que desde que o espaço para estacionamento foi perdido para a duplicação, as vendas caíram em torno de 40%. Foi feita ainda a compra de parte de um terreno que pertencia ao hotel ao lado, para que fossem construídas novas vagas para veículos em um estacionamento exclusivo.
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“Tivemos sorte de ter o espaço disponível para fazermos o próprio estacionamento. Mas, de qualquer forma, o movimento anterior ainda não foi recuperado. Além disso, tivemos que investir em sinalização, comprar placa, material, deixar o estacionamento em condições. Outras lojas não têm como fazer isto”, relata.
A Tapetes Júnior teve diminuições no movimento, mas parte de seu estacionamento não foi afetado. Por isso, a empresa não pretende fazer alterações, conforme explica a funcionária Thainá Assino. “É verdade que diminuiu, e sabemos de muitos lojistas que reclamam e foram bastante afetados, mas como sobrou um pouco de estacionamento para nós, sofremos menos. A princípio, estamos satisfeitos nestas condições.”
Uma tendência para várias lojas às margens da Antônio Heil que não possuem espaços de estacionamento é a mudança para outras regiões de Brusque. Isto porque, como alguns dos espaços são alugados, reformas para abertura de estacionamentos próprios são, a princípio, pouco prováveis. É o caso da proprietária da loja P&X Fashion, que preferiu não se identificar.
“Se o espaço fosse meu, eu derrubaria uma parte e faria um estacionamento nela, era o que eu pretendia, mas não dá. A ideia era sair para algum outro lugar, mais para dentro da cidade, mas os preços não ajudam, o aluguel é muito mais caro que aqui. O movimento diminuiu muito, onde hoje é a segunda pista era onde clientes antes estacionavam”, explica.
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