Como foi a geração de empregos em Brusque no primeiro semestre deste ano

Resultado de 2018 é o melhor dos últimos quatro anos, segundo o Caged

Como foi a geração de empregos em Brusque no primeiro semestre deste ano

Resultado de 2018 é o melhor dos últimos quatro anos, segundo o Caged

O primeiro semestre deste ano foi o melhor na geração de empregos desde 2015. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, revela que o saldo entre demissões e admissões fechou em 2.066 positivos.

O bom resultado do primeiro semestre dá continuidade à tendência de crescimento na geração de empregos. No mesmo período do ano passado, o saldo também foi positivo, mas um pouco abaixo: 1.686.

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Os saldos deste ano e de 2017 mostram que a economia municipal tem dado sinais de melhora. No entanto, ainda fica distante do pleno emprego que havia até o início desta década.

O fundo do poço na geração de empregos aconteceu no primeiro semestre de 2015. O saldo foi de apenas 224 vagas criadas. No ano seguinte, quando a crise ainda pairava forte sobre todo o setor produtivo do país, o resultado ainda foi tímido: 815.

Bimestre ruim
Na comparação entre os meses deste ano, os últimos dois foram ruins, com saldo negativo, ou seja, fechamento de postos de trabalho.  Em junho, foram demitidas 159 pessoas a mais do que admitidas, por exemplo.

Se levado em conta apenas o bimestre, maio e junho, o resultado é ruim. Foram fechadas 172 vagas no mercado de trabalho brusquense.

Mas a análise geral mostra que essa redução ainda não chega a levar os resultados para o negativo.

Pior mês
Os números do Caged revelam que junho foi o pior mês para o mercado de trabalho formal do município. Na comparação entre admissões e demissões, o saldo ficou negativo em 159.

A avaliação mês a mês mostra que o bom resultado do semestre como um todo foi sustentado pela alta geração de empregos em fevereiro e março. Já em abril o saldo caiu.

Sindicatos avaliam que mercado de trabalho está em recuperação

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Brusque (Sifitec), Marcus Schlösser, avalia que o encolhimento do mercado de trabalho era esperado.

“Era algo previsto, porque tivemos a questão do algodão, do dólar e a greve dos caminhoneiros agravou”, declara o presidente do sindicato que reúne as empresas.

As demissões no último bimestre são consideradas normais para o setor do comércio. O presidente do Sindicato dos Comerciários de Brusque (SEC Brusque), Julio Gevaerd, explica que geralmente durante o inverno há mais desligamentos, já que há menor circulação de turistas e o frio não é tão intenso a ponto de manter as lojas cheias.

O SEC Brusque abrange não só o comércio, mas a hotelaria, restaurante e outros estabelecimentos que tradicionalmente dimensionam o tamanho do seu quadro de funcionários conforme a estação e o volume de turistas.

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil (Sintrafite), Aníbal Boettger, afirma que o setor tem registrado bons índices de empregabilidade. Tanto é que várias vagas estão sendo anunciadas no mural da entidade.

Boettger avalia que, neste momento, existe uma rotatividade normal no ramo têxtil. Mas no cômputo geral o nível de empregabilidade está positivo no ano.

Retomada
Para Schlösser, o encolhimento do mercado de trabalho é algo sazonal. Ele espera que haverá mais um ou dois meses “críticos”, mas que a geração de vagas deve ser retomada.

No comércio, com o Dia das Crianças, em outubro, e o Natal, mais pessoas devem ser contratadas. Isso deve reverter os resultados ruins dos últimos dois meses e manter o saldo positivo no panorama geral.

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