Como funciona a estrutura do programa de monitoramento Bem-Te-Vi em Brusque

São 10 câmeras instaladas na área central da cidade; recursos são mais importantes para investigações do que para flagrantes

Como funciona a estrutura do programa de monitoramento Bem-Te-Vi em Brusque

São 10 câmeras instaladas na área central da cidade; recursos são mais importantes para investigações do que para flagrantes

Brusque possui atualmente 40 câmeras de monitoramento espalhadas por diversos locais da cidade, sendo que 10 delas são provenientes do programa Bem-Te-Vi, instaladas em locais da área central da cidade, em um raio de 5 a 10 quilômetros de distância entre uma e outra. Todas são integradas a uma sala de monitoramento localizada nas dependências do 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM). As câmeras do programa foram entregues em 30 de junho de 2016, data de inauguração do prédio onde está sediada a PM do município.

As outras câmeras de monitoramento são de sistema via rádio, que não dependem de fiação, mas têm qualidade limitada de imagem e não é possível movê-las remotamente. As 10 fornecidas pelo programa Bem-Te-Vi têm fibra óptica com giro de 360 graus, permitindo maior facilidade para identificação e zoom. O projeto começou em 2012 em Santa Catarina, mas chegou a Brusque quatro anos depois.

Duplas de policiais se revezam para supervisionar o sistema, mas também cumprem outras funções. Atendimentos de telefone, despacham ocorrências e realizam trâmites internos. De acordo com o comandante do 18º BPM, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, é difícil fazer um acompanhamento em tempo-real.

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“Por mais que os policiais se dedicassem apenas a isto, a esta tarefa de observar as telas, é sabido que a vista cansa. Pouco tempo depois, ficaria difícil acompanhar com atenção. A concentração é perdida. Por isso, as imagens são muito mais úteis no pós-crime, nas investigações. Qualquer crime tem imagens buscadas, sejam as nossas ou de ou de empresas”, avalia.

Apesar disto, há raras ocasiões em que é possível observar o momento do crime em tempo real, situação já vivenciada pelo sargento Darci José Petri. “Já recebemos informações sobre atividades de tráfico de drogas, por exemplo, e confirmamos com as imagens. No mesmo momento acionamos as viaturas próximas”, lembra.

Em casos de assalto ou roubo, por exemplo, os policiais acompanham o trajeto do veículo por todas as câmeras do sistema. Desta forma, conseguem identificar por onde o carro utilizado em fuga fugiu e, se deixou Brusque, qual caminho tomou.

Manutenções são frequentes no sistema do programa Bem-Te-Vi. Um contrato entre empresa e a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina (SSP-SC) garante reparos, que têm sido frequentes. Em geral, as imagens ficam armazenadas por um período entre 15 e 20 dias, antes de serem automaticamente descartadas pelo sistema.

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A curta distância entre as câmeras do programa Bem-Te-Vi é determinação da Secretaria de Segurança Pública. “Posicionamos as câmeras em pontos estratégicos na área central da cidade, onde mais há ocorrências. Se fosse de outra forma, teríamos feito instalações nas saídas da cidade”, relata Ferreira Filho.

Para 2019, está previsto um incremento aos sistemas de monitoramento da Polícia Militar em Brusque. Parcerias com a iniciativa privada, encabeçada pela Associação Empresarial de Brusque (Acibr) preveem a instalação de novas câmeras com a tecnologia de reconhecimento de caractéres (OCR), o que permite identificar placas e documentação de veículos que aparecem nas imagens.

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