Muitos acontecimentos nos remetem a essa palavra: Intolerância.
A intolerância pode ter diferentes origens e se faz presente em inúmeras situações também diversas, no entanto, com a mesma triste definição, simplificada como: Não aceitação!
Tem sido comum ouvirmos sobre a intolerância racial, religiosa ou sexual mais frequentemente, mas em nossa sociedade, dentro de nossas próprias famílias, podemos identificar tantas outras formas de intolerância, não é mesmo?
Tenho pensado bastante a respeito, principalmente quando observo nos núcleos familiares, uma grande mostra de intolerância entre aqueles que pela ordem natural das coisas, deveriam manter certo grau de aproximação, respeito, reciprocidade, e porque não, uma boa dose de afeto.
Antonio vive gritando aos quatro cantos que família é apenas uma convenção social, que parente bom, é parente que mora longe. Nesse caso, eu especialmente devo ser, pois vivo longe da família a muito tempo, ainda que inicialmente, não necessariamente por escolha pessoal minha.
João diz sem nenhum pudor, que o convívio familiar é pura hipocrisia e que ele não faz questão alguma de aproximação com os demais, mantendo o contato mínimo, inclusive com pais e irmãos.
Já Marisa, só sabe ficar se comparando com os outros familiares, se fazendo de coitada e dizendo que tal prima é uma metida e não sei qual outro tio “se acha”. Mas no fundo, quem acha muita coisa é ela, os outros estão apenas lá, vivendo suas próprias vidas.
Resumindo, penso que há muita gente perdendo tempo e energia, criticando, fofocando ou até mesmo, por incrível que pareça, odiando seus familiares.
Tudo é uma questão de ponto de vista e de foco. Se eu só observar as coisas ruins, realmente fica difícil, mas como em qualquer relacionamento, ainda que nem tudo sejam flores, podemos ter um convívio de respeito, camaradagem e amizade no meio familiar. Vamos deixar os julgamentos de lado e cultivar as coisas boas dessa relação.
Só quem vive longe de sua família sabe, o quanto às vezes tudo que desejaríamos, era poder estar entre nossos familiares, apenas para um bom bate papo e nada mais, mas a distância nos impede.
Se a sua família está por perto, curta o lado bom da vida com ela. Você não precisa amar a família toda, mas com certeza, nela deve ter uma dúzia de pessoas com quem você se identifica e pode se divertir muito. Pense nisso!!!
Rê Michelotti
Nota: Os nomes das pessoas citadas no texto, foram trocados para preservar a identidade das mesmas.