Comunidade Bethânia inicia produção de mel em São João Batista

Produto será destinado à alimentação interna, mas intenção é criar estrutura para comercialização no futuro

Comunidade Bethânia inicia produção de mel em São João Batista

Produto será destinado à alimentação interna, mas intenção é criar estrutura para comercialização no futuro

A Comunidade Bethânia, de São João Batista, realizou a primeira extração de mel produzido na instituição. Com auxílio do apicultor Nelson Rieg, de Guabiruba, foram retirados 6 kg de mel da criação de abelhas africanas.

Das sete caixas colocadas na mata, três delas continham os favos de mel. O padre Vicente de Paula Neto, presidente da Comunidade, prestigiou e auxiliou na retirada das caixas. Na sequência, a esposa de Nelson, Norma Rieg, extraiu o mel.

O apicultor explica que em dezembro de 2017 foi quando as abelhas iniciaram a produção do mel e, em apenas três meses já foi possível colher os primeiros quilos. “Agora, a partir do mês de agosto em diante é que elas produzirão mais mel”, diz.

A criação de abelhas fica em um local isolado, em área de mata fechada, alguns metros atrás da estrebaria. Para ter acesso à colmeia foram utilizados equipamentos próprios de apicultura, como o macacão de proteção e fumegador.

“Convidamos o seu Nelson Rieg, pois ele é apicultor profissional, tem criação de abelhas para consumo próprio e é um amigo de Bethânia. Só temos a agradecer a ele e a dona Norma por todo apoio e orientação”, conta o padre.

Primeiro enxame
A ideia de criar abelhas para produção de mel na Comunidade Bethânia surgiu em outubro de 2016, quando o primeiro enxame foi descoberto no telhado do quarto do padre Vicente.

Neste mesmo dia, o apicultor Rieg foi contatado para verificar as abelhas e a possibilidade de iniciar uma criação em Bethânia. “Só as do quarto deu um pote de 5 kg de mel”, conta o padre.

Alimentação saudável
Num primeiro momento, padre Vicente explica que toda produção do mel será destinada ao consumo dos acolhidos de Bethânia.

Entretanto, a intenção é de que a produção seja uma nova fonte de renda no futuro. “Queremos criar um espaço para trabalhar a profissionalização. Uma pequena indústria para profissionalizar os ‘filhos’ nessa direção, pensando sempre na alimentação saudável”, diz o presidente da entidade. Além do mel, o desejo é aproveitar também a própolis e a cera.

Atualmente, a Comunidade Bethânia possui a horta de frutas e verduras em que, além de alimentar os acolhidos, também proporciona um espaço onde os filhos possam trabalhar e aprender. “O trabalho é um dos pilares do processo pedagógico da Comunidade Bethânia que auxilia no processo de restauração dos acolhidos”, complementa.

Há pouco tempo, os acolhidos começaram a trabalhar também com a horta hidropônica, que é o cultivo onde as raízes das plantas ficam submersas em água com alguns nutrientes que fazem elas se desenvolverem sem utilizar terra. “Temos um espaço muito rico e muita coisa ainda não exploramos, como o cultivo de chás medicinais”.

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