Condomínios de Brusque investem em biometria para aumentar segurança
Segundo administradoras, sistema é tendência no município
Segundo administradoras, sistema é tendência no município
Com o objetivo de garantir mais segurança e aumentar o controle sobre os moradores, os condomínios têm investido cada vez mais em tecnologia. Em Brusque, uma das tendências é a colocação do acesso biométrico na entrada dos residenciais.
As administradoras de condomínios Bruscon e AMC registram vários residenciais com o sistema de entrada por digital. Segundo os responsáveis, o principal fator que motiva a colocação desta tecnologia é o compartilhamento indiscriminado das senhas.
Luiz Filipe Ramos, auxiliar administrativo da Bruscon, afirma que há reclamações em muitos residenciais de pessoas que não são moradores circulando sem qualquer empecilho. Em vários casos, elas entram livremente com a senha de algum amigo que mora no prédio.
Embora pareça inofensivo para muitos, o comportamento coloca o prédio em risco. Uma vez que em poder da senha, a pessoa pode entrar no edifício e praticar um furto, por exemplo. Além disso, há o problema de barulho excessivo nos corredores.
Por isso, atualmente, cerca de 10% dos mais de 130 residenciais administrados pela Bruscon já contam com a biometria. O número tem crescido nos últimos tempos, de acordo com Ramos.
Fabrício Esser, síndico do Residencial Arthur Fischer, no bairro Santa Terezinha, diz que o compartilhamento de senhas é o maior problema. “O sistema dá mais segurança porque os moradores passam a senha para qualquer pessoa, como prestadores de serviços, amigos etc”, afirma.
O residencial é formado por 84 apartamentos. O síndico diz que alguns condôminos passavam a senha para terceiros e isso causou problemas. Com a senha, uma pessoa poderia entrar no prédio, mesmo depois de se mudar, como aconteceu no Arthur Fischer.
O residencial instalou o sistema biométrico há pouco mais de uma semana e ainda está em fase de adaptação. Os moradores estão sendo cadastrados. De acordo com Esser, a mudança gera algum desconforto, porém, até o momento “é só elogios”.
Mais controle
A proprietária da AMC Serviços Condominiais, Marise Batisti, afirma que alguns condomínios têm adotado a biometria nos últimos tempos. Ela afirma que o sistema traz mais segurança e conforto.
Como a porta só é liberada com a digital do morador, não existe mais o risco de um estranho entrar no condomínio sem o consentimento de um residente, do zelador ou do síndico. “O que se percebe é que o próprio morador se sente mais seguro”, diz Marise.
É vantagem também para o monitoramento do prédio. Alguns residenciais não contam com senhas individuais, dessa forma, não é possível identificar quem entrou em qual horário. Já com a biometria, tudo fica gravado: hora de entrada e saída.
Na avaliação de Marise, a maioria dos condomínios adota o sistema de acesso por meio da digital por causa de estranhos entrando e saindo sem controle, não por causa de furtos ou crimes.
O Residencial Jardim dos Manacás, no bairro São Luiz, implantará o sistema biométrico nesta semana. A previsão é que tudo esteja pronto em 15 dias. Assim como no Arthur Fischer, o residencial teve problemas de estranhos entrando com senha.
Para aumentar o controle, foram investidos R$ 7,2 mil para a colocação da biometria em três portas. Na visão da síndica Elisa Zen, o valor se paga porque representa mais segurança e controle.
A partir do momento em que estiver em funcionamento, quando um morador tiver uma obra, por exemplo, onde há prestadores de serviços, ele terá de comunicar a zeladora. Ela abrirá a porta para o pedreiro, carpinteiro, pintor etc. O procedimento já existe, contudo, é burlado por muitos, que entregam as senhas indiscriminadamente.
Como a biometria é suscetível a erros, o sistema também tem a opção de se usar uma “tag”, espécie de moeda única que é lida pela máquina, ou senha.