Conheça o perfil das 32 seleções que disputam a Copa do Mundo da Rússia
Com estreantes, favoritos e azarões, times postulam título Mundial
Com estreantes, favoritos e azarões, times postulam título Mundial
A Copa do Mundo da Rússia será um encontro entre tradicionais equipes do futebol mundial e até mesmo seleções que nunca haviam participado de uma edição.
Entre os 32 países representados no Mundial, há atletas de reconhecimento internacional e figuras desconhecidas que tentam aproveitar os holofotes da principal competição de futebol do planeta para brilhar e se tornarem revelações.
As duas seleções que debutam nesta edição são Panamá e Islândia. Contudo, os jogos mais prestigiados serão os que envolvem os tradicionais Brasil, Argentina, Alemanha, França e Espanha.
Conheça o retrospecto recente e o perfil de cada uma das seleções que participam da 21ª edição da Copa do Mundo, nos oito grupos da competição.
Contando com a dona da casa, a Rússia, o Grupo A tem também um encontro do mundo árabe, com Arábia Saudita e Egito. Mas o franco favorito a passar como líder, pelo retrospecto recente, pelo histórico e pelo investimento no futebol, é justamente o único sul-americano da chave, o Uruguai. A chave marca também a estreia da Copa do Mundo 2018, com o confronto entre Rússia e Arábia Saudita.
Uruguai
Dentro de uma das mais competitivas fases eliminatórias, a da América do Sul, o Uruguai terminou na vice-liderança, desbancando a Argentina com uma campanha positiva. A dupla de atacantes Cavani, do Paris Saint-Germain, e Suárez, do Barcelona, dão a experiência e a qualidade no ataque uruguaio. A Celeste conta ainda com a qualidade de Godín, Cáceres e alguns atletas que atuam no Brasil como De Arrascaeta (Cruzeiro) e Martín Silva (Vasco).
Egito
Craque e finalista da Liga dos Campeões pelo Liverpool, o meia-atacante Mohamed Salah é o fio condutor da seleção egípcia rumo às oitavas de final da Copa do Mundo. Após sofrer lesão na decisão, ele está garantido inclusive na estreia do país árabe no Mundial, contra o Uruguai. Nas Eliminatórias da Copa da África, o país teve a melhor campanha do grupo, com apenas uma derrota em seis jogos.
Rússia
Embora sedie a Copa e, por consequência, receba o maior incentivo por parte dos torcedores, a Rússia não vive bom momento no cenário do futebol mundial. Segundo o mais recente levantamento da Fifa, entre as seleções participantes do Mundial, o país-sede tem a pior colocação. O brasileiro naturalizado russo, Mario Fernandes, que é lateral-direito, é apontado como a principal peça da seleção.
Arábia Saudita
Os sauditas surpreenderam nas Eliminatórias da Copa. A seleção não era favorita, mas mesmo assim conseguiu vaga direta, desbancando a Austrália – que posteriormente também conseguiu vaga, na repescagem. Mas a dança das cadeiras no comando técnico, com o terceiro treinador diferente desde a etapa eliminatória, demonstra a fragilidade e a incerteza da equipe. A aposta de boas jogadas recai sobre o meia Salem Al-Dawsari.
No Grupo B, Portugal e Espanha entram com toda a responsabilidade de avançar às oitavas de final. Para isso, porém, terão de deixar para trás Irã, que teve campanha impecável em fase eliminatória, e Marrocos, que nos amistosos pré-Copa impressionou e mostrou que está pronto para a competição.
Espanha
Apontada como favorita ao título da Copa do Mundo segundo um estudo realizado pelo Centro Internacional de Estudos do Esporte (Cies), a Espanha tenta repetir o feito de 2010, quando ergueu o caneco na África do Sul. Nas eliminatórias, os espanhóis nadaram de braçada em um grupo nebuloso, que contava também com a poderosa Itália. Agora, contudo, com a demissão do técnico Lopetegui faltando poucos dias para a estreia, o elencoi corre riscos de se desestabilizar, A seleção espanhola conta com os galáticos Diego Costa, Iniesta, Piqué, Busquets, Isco e Sérgio Ramos – estes dois últimos campeões da última Liga dos Campeões, pelo Real Madrid.
Portugal
A seleção de Portugal terá a missão de se recuperar do vexame de 2014, no Brasil, quando foi eliminada na fase de grupos em uma chave considerada fácil, sendo passada para trás pelos Estados Unidos e pela Alemanha. Novamente com Cristiano Ronaldo como o protagonista do elenco, os lusitanos tentam enfim corresponder a toda a expectativa criada pelos fãs do futebol nos últimos anos em um grupo teoricamente mais fácil.
Irã
Sob o comando do técnico moçambicano Carlos Queiroz, que teve passagens por Real Madrid e Manchester United, o Irã entra como azarão de um grupo considerado dificílimo. O experiente comandante trouxe um estilo de jogo aos iranianos que valorizou a posse de bola, gerando uma campanha sem derrotas nas Eliminatórias da Copa, mas com tropeço em amistoso pré-Copa contra a Turquia. Sem um elenco badalado, o atacante Sardar Azmoun é a esperança de gols.
Marrocos
Depois de 20 longos anos longe da Copa do Mundo, Marrocos volta a disputar a competição. Para tentar surpreender os adversários europeus, o técnico Hervé Renard formou uma equipe com base sólida no meio de campo, tendo o atleta Hakim Ziyech como um ponto de referência nesta posição. A defesa também vem surpreendendo em amistosos e fase eliminatória, já que a seleção foi pouco vazada.
O Grupo C é um dos mais equilibrados desta Copa, com a França como favorita para terminar na liderança, enquanto Peru e Dinamarca brigam pela segunda posição. A Austrália é considerada pelos especialistas como ‘patinho feio’, ou a seleção que corre por fora na tentativa de avançar às oitavas.
França
Há exatos 20 anos, a França vencia sua última Copa do Mundo. Desde então, teve que viver frustrações, como as eliminações vexatórias na fase de grupos de 2002 e 2010, o vice de 2006 e a desclassificação nas quartas de final de 2014. Os recentes resultados não empolgam muito, como o empate com os Estados Unidos no último amistoso antes da Copa, mas os talentosos Mbappé, Dembelé e Pogba podem conduzir a seleção francesa a uma boa posição.
Dinamarca
Tentando recuperar as raízes de seu futebol da década de 1990, quando recebeu o apelido de ‘dinamáquina’, a Dinamarca vai para a sua quarta participação em Copas do Mundo. A engrenagem da equipe é o meia Eriksen, atualmente no Tottenham, da Inglaterra, além do volante Delaney, que surge sempre como homem surpresa na área.
Peru
Com a liberação do atacante Paolo Guerrero, que estava suspenso por doping, para a participação na Copa, o Peru aponta como a mais frágil seleção provinda da América do Sul. Para chegar ao Mundial, precisou passar por repescagem contra a Nova Zelândia, mas enfim, 36 anos depois, o país volta a participar de um Mundial. Além de Guerrero, outros atletas conhecidos do futebol brasileiro vestirão a camisa vermelha e branca: Cueva (São Paulo), Trauco (Flamengo) e Yotún (ex-Vasco) estão entre os convocados.
Austrália
Disputando as Eliminatórias da Copa mais uma vez não na Oceania, mas sim na Ásia, a Austrália foi ultrapassada pela Arábia Saudita, mas na repescagem desbancou Síria e Honduras. Esta será apenas a quinta participação dos australianos em mundiais, e o grupo tenta dar continuidade a um de seus melhores momentos da história no futebol, já que conquistou a Copa da Ásia em 2015. A qualidade passará pelos pés de Daniel Arzani, do Mellbourne.
Finalista da Copa do Mundo 2014, a Argentina levou sorte no sorteio dos grupos do Mundial da Rússia. Em sua chave o maior desafio é contra a frágil Croácia, complementado pelas nada tradicionais seleções da Islândia e da Nigéria.
Argentina
Depois da Copa do Mundo e a derrota para a Alemanha na grande decisão, a Argentina não atravessou bons momentos, fazendo o caminho contrário do Brasil. Enquanto os brasileiros evoluíram, os argentinos viveram momentos delicados. Contudo, nos amistosos pré-Copa, a albiceleste foi bem, incluindo vitória por 2 a 1 contra Itália. O elenco também é de respeito, mas com a maior média de idade entre todos os países. Nele estão nomes como Messi, Higuain, Agüero, Di María, Mascherano e Dybala.
Croácia
A tradicional camisa quadriculada em vermelho e branco, lembrando uma toalha de mesa, estará em campo em mais uma Copa do Mundo. Do meio para o ataque, a Croácia é um time perigoso, contando com estrelas como Modric, do Real Madrid, e Rakitic, do Barcelona. É a Copa em que são depositadas mais confianças nos croatas, que consolida uma geração forte e amadurecida.
Nigéria
Dentro do considerado grupo da morte nas Eliminatórias da Copa da África, caindo em chave com Camarões e Argélia, a Nigéria teve impressionante desempenho. Foram quatro vitórias em seis jogos e classificação com um jogo de antecipação. Victor Moses é o nome a ser observado da seleção conhecida como Super Águias, já que teve grandes experiências com Liverpool, Chelsea e West Ham.
Islândia
Pela primeira vez na sua história, a Islândia participa de uma Copa do Mundo. O país de pouco mais de 330 mil habitantes – menos do que a população de Joinville, por exemplo – já está satisfeito com a sua mera participação no Mundial. O que vier é visto como lucro pela seleção. O meia Gylfi Sigurdsson é considerado o craque do elenco, e tem a missão de alçar voos maiores para os islandeses.
O Brasil também foi sorteado em um grupo com seleções tecnicamente mais fracas. A Costa Rica, que seria o desafiante mais perigoso, mostrou clara deficiência tática em derrota por 4 a 1 no amistoso contra a Bélgica. Sérvia e Suíça correm por fora na briga pela segunda vaga. Confira as informações da Seleção Brasileira.
Costa Rica
Uma das sensações das eliminatórias das Américas Central e do Norte, a Costa Rica chega desestabilizada após duas derrotas em amistosos preparatórios. Além do 4 a 1 para os belgas, o elenco também perdeu por 2 a 0 para a Inglaterra, outra seleção que também disputa a Copa do Mundo, comprovando que, mesmo que passe da primeira fase, os costa-riquenhos terão dificuldade nas etapas mais complicadas. A estrela do time é o goleiro Navas, do Real Madrid, atual campeão da Liga dos Campeões.
Suíça
Com boa campanha nas Eliminatórias da Europa, a Suíça chega credenciada para a disputa da fase de grupos. Deve travar duelo particular com a Costa Rica. A postura do técnico Vladimir Petkovic é reconhecida pela retranca, e o Brasil pode ter dificuldades para conseguir consolidar as jogadas de ataque. Xherdan Shaqiri, meia do Stoke City, é a cabeça pensante da equipe.
Sérvia
Depois da participação da Copa do Mundo de 2010, a seleção da Sérvia deu claros sinais de enfraquecimento. Não apenas ficou de fora do Mundial no Brasil, como também não classificou para a Eurocopa 2016. Contudo, nas Eliminatórias da Copa da Europa, a Seleção Sérvia foi bem e recuperou a fé em uma boa participação na Rússia. Nemanja Matic, volante, é a esperança de uma classificação às oitavas.
No grupo da atual campeã do mundo, a Alemanha tem franco favoritismo para avançar às oitavas e perseguir seu quinto caneco. Coreia do Sul e México são as candidatas a uma das vagas, enquanto a Suécia é a seleção que busca quebrar a lógica.
Alemanha
Desde que conquistou a Copa do Mundo do Brasil, aplicando os históricos 7 a 1 na seleção da casa, a Alemanha demonstrou fragilidade em apresentações contra seleções competitivas. Embora tenha voado baixo nas Eliminatórias da Europa, com 100% de aproveitamento diante de adversários frágeis como Noruega, Azerbaijão e San Marino, em seus amistosos a realidade é diferente: derrota para o Brasil por 1 a 0, para Áustria por 2 a 1 e uma vitória suada por 2 a 1 contra Arábia Saudita. Mesmo assim, os germânicos contam com os fortíssimos Neuer, Boateng, Toni Kroos, Hummels, Khedira, Müller e Özil.
México
Incógnita nesta Copa, o México teve um ciclo de altos e baixos entre 2014 e 2018. Ao mesmo tempo que fez campanha tranquila na etapa eliminatória, o grupo também foi humilhado nas quartas de final da Copa América Centenário ao perder por 7 a 0 para o Chile. Javier Hernández é o atleta em que o torcedor mexicano deposita sua maior torcida.
Coreia do Sul
Finalista da Copa da Ásia, a Coreia do Sul chega ao Mundial tentando recuperar a má campanha da edição de 2014. Nas Olimpíadas de 2016 a seleção coreana também teve desempenho interessante, chegando às quartas de final com um elenco que é a espinha dorsal da atual equipe. Son Heung-min, do Tottenham, é o artilheiro que a torcida da Coreia espera ver balançando as redes na Rússia.
Suécia
Na Eurocopa, tudo de ruim aconteceu para a Suécia. Viu seu principal jogador, Ibrahimovic, se aposentar, além de ter uma campanha desastrosa na competição. Mas a raça e a determinação dos atletas que seguiram na seleção mostraram que os suecos têm sim a capacidade de derrubar gigantes: na repescagem das eliminatórias, eles eliminaram nada menos do que a poderosa Itália. Emil Forsberg é considerado o dono do time, e um herdeiro de Ibra.
Inglaterra, com um título da Copa do Mundo, e Bélgica, a sensação europeia dos últimos anos, aparecem em um grupo formado ainda pela zebra Panamá, que desbancou Estados Unidos nas Eliminatórias, e a incógnita Tunísia. Mais uma vez, neste caso, os dois clubes europeus são apontados como favoritos à classificação.
Inglaterra
Dona de um título da Copa do Mundo em sua história, a Inglaterra, país em que o futebol nasceu, nunca mais formou um elenco competitivo o suficiente para chegar em uma decisão. Com uma média de idade baixa – 26 anos – a chamada de ‘Nova Inglaterra’, principalmente para apagar o fiasco da eliminação na fase de grupos em 2014, aposta na renovação para realizar uma boa campanha. Os destaques da seleção são os atacantes Harry Kane e Jamie Vardy.
Bélgica
Depois de uma derrota folgada por 4 a 1 contra a Costa Rica no amistoso pré-Copa, os olhos do mundo do futebol se voltaram para a Bélgica. Reconhecida nos últimos anos como a ‘excelente geração belga’, a atual equipe teve uma fase eliminatória folgada, terminando em seu grupo com 93,3% de aproveitamento. A ascendente seleção conta com nomes importantes como Hazard, Lukaku, De Bruyne e Dembelé.
Tunísia
A Tunísia teve bons momentos em sua história no futebol, principalmente entre o fim da década de 90 e início dos anos 2000. Contudo, já há mais de dez anos vive um ostracismo no cenário internacional do esporte. Agora, com o retorno à Copa do Mundo, tenta voltar ao status de sensação jogando um futebol simples, mas que funciona. Sem muitos protagonistas, as portas se abrem para o atacante Wahbi Khazri virar carrasco no Grupo G.
Panamá
A seleção caribenha do Panamá entra pela primeira vez em sua história na Copa do Mundo. No dia seguinte de sua classificação, foi decretado feriado nacional. Deverá ter dificuldades para conseguir ter vida longa dentro de seu debute na maior competição de futebol. O destaque é o goleiro James Penedo, que joga no Dinamo Bucareste, da Romênia.
O último grupo da Copa do Mundo é um conjunto de seleções de pouca história com a competição, mas com boas campanhas em competições e amistosos pré-Copa. A Colômbia, representante Sul-Americana, tem o caminho dificultado para chegar às oitavas de final. O Japão fez grande Copa da Ásia e pode complicar. Polônia e Senegal lutam por um lugar ao sol na chave.
Colômbia
Equipe sensação da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, a Colômbia volta a disputar a competição tentando repetir o feito de chegar às quartas de final. No último Mundial, a equipe colombiana chegou a eliminar o Uruguai nas oitavas, e pode voltar a surpreender. Mais uma vez, James Rodriguez, Falcao Garcia e Ospina são as esperanças da seleção.
Japão
A seleção japonesa merece a atenção pela sua excelente preparação visando a Copa do Mundo. No último amistoso pré-Copa, o Japão venceu o Paraguai por 4 a 2. Nas eliminatórias, a seleção terminou na liderança de um grupo forte, com Arábia Saudita e Austrália. Tem nos pés do veterano Honda a grande oportunidade de surpreender na Copa.
Senegal
Das equipes africanas, Senegal tem os melhores resultados recentes em amistosos e principalmente nas eliminatórias. A equipe teve a melhor pontuação entre todas as seleções participantes e ainda venceu por 2 a 0 a Coreia do Sul no último amistoso antes do Mundial. Sadio Mané, vice-campeão da Liga dos Campeões pelo Liverpool, será o atacante senegalês com mais cobrança por gols.
Polônia
Com uma vitória por 4 a 0 contra a Lituânia no amistoso pré-Copa, a Polônia vem fazendo uma digna preparação para a Copa. Mostrou também força ao terminar como líder do grupo E das Eliminatórias da Copa da Europa, na frente da Dinamarca. Lewandowski, do Bayern de Munique, tem a responsabilidade de conduzir os polacos a uma boa campanha.