Conheça os cães que surpreenderam os participantes da corrida O Município de Ponte a Ponte

Cachorros que roubaram a cena no evento deste domingo

Conheça os cães que surpreenderam os participantes da corrida O Município de Ponte a Ponte

Cachorros que roubaram a cena no evento deste domingo

Os amigos de quatro patas também estiveram presentes no Circuito de Corridas O Município 65 anos, que aconteceu na manhã deste domingo, 30. Sejam para correr como atleta ou até mesmo como companheiro de diversão, os cãozinhos – ou “cãozão”, roubaram a cena no evento.

A professora de canto Tatiane Krüger Niebuhr é tutora do Sheldon, cão da raça setter irlandês. O cão atleta chegou na vida de Tatiane depois de ela ver um anúncio na internet, em 2014. “Ele tinha três meses, mas já era quase que um pôneizinho de tão grande”, relembra.

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Tatiana recorda que o início dos treinamentos foi difícil, não por preguiça do cão, mas por sua super-força. Na época, ela tratava de um problema nos joelhos e corria para fortalecer a musculatura, mas os puxões do Sheldon não a ajudavam na recuperação.

“Quando eu estava bem, tentei de novo, pois me dava muita pena. Quando eu saía, ele sabia que eu ia correr e ficava chorando em casa, porque ele queria ir junto e eu não podia levá-lo”, recorda.

Foto: Fabio Venhorst

Foi somente há um ano e meio que Sheldon começou a acompanhá-la em suas corridas. A maior distância percorrida pelo cachorro foi na meia-maratona de Brusque, no ano anterior, um total de 21km.

Hoje, o volume de corrida deles é de 6km por dia. “Ele me acompanha seis vezes por semana, é uma atividade que ele adora, eu nunca vi um cachorro gostar tanto de correr como ele, principalmente em competições”, conta.

O Feijão, cão sem raça definida do funcionário federal Edson Neumann, 53, também se destacou no circuito. Os dois vieram de Navegantes para competir. De acordo com o tutor, o simpático cão adora corridas.

“Na noite anterior a gente normalmente prepara a roupa, ela já pega com a boca e coloca junto com as coisas”, conta Neumann.

Edson mudou de vida em 2008, após sofrer de um AVC. Ele chegou a pesar 120kg, era sedentário e fumava 3 maços de cigarro por dia. No final de 2017, ao caminhar junto com a esposa no calçadão da praia de Gravatá, avistou um filhote no caminho, o Feijão, e o adotou.

Foto: Fabio Venhorst

Segundo Edson, o cão começou a ter interesse em correr e passou a ir junto com o tutor em seus treinamentos. “Depois de um tempo ele já corria normal, aprendeu a correr no lado direito, a seguir no caminho e a contornar cone. Ele corre melhor que muito corredor de duas pernas, é muito disciplinado”, explica.

Logo em 2018 eles começaram a correr juntos e surgiu a primeira competição. Hoje, Feijão já tem mais de 20 medalhas. A maior distância que ele fez foi de 21km, na Meia Maratona Internacional de Balneário Camboriú. O próximo passo é tentar uma maratona, de 42km.

Diversão
Outro cãozinho que marcou presença foi o Prince. O vira-lata corre há quatro anos com o representante comercial Luciano Fialho, 53, e esta foi a sua 28ª corrida.

Prince foi adotado em 2016 em uma feira de animais. O nome é em homenagem ao cantor, pois o cachorro nasceu na mesma semana da morte do artista.

Fialho alerta que é preciso ter um cuidado a mais quando se está correndo com cachorro, para não atrapalhar outros corredores. “A gente vem para se divertir, mas sabemos que vem gente pra fazer tempo, para fazer pódio”, explica.

Foto: Luiz Antonello

Companheirismo
A escolha de corridas que aceitam cachorros é um diferencial para Tatiana. Ela entra em contato com a organização, explica a situação e vê a possibilidade de levar o Sheldon junto.

“É uma condição para a minha participação, porque se ele não pode me acompanhar, eu nem vou. A gente está tão acostumados a correr juntos, que se não for dois não tem tanta graça”.

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Com Edson não é muito diferente, o cão é seu companheiro de corrida. “É muito gratificante correr com o Feijão, é um estímulo. Você treinar sozinho é muito solitário”, aponta.

Para ele, as corridas específicas para cachorro acabam sendo sem graça. “Colocam o cão na condição de animal, na coleira. O Feijão não é um corredor de rua, ele saiu da rua e voltou para as ruas como vencedor. Ele corre sozinho, faz o trajeto sozinho, ele interage com o pessoal, ele é muito especial”, finaliza.

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