Conheça a trajetória de Germano Hoffman, médico mais antigo de Brusque, que faleceu nesta sexta-feira
Ele completaria 96 anos em agosto
Ele completaria 96 anos em agosto
Na noite desta sexta-feira, 3, os moradores de Brusque tiveram a triste confirmação de que Germano Hoffman, o médico com o registro mais antigo ativo na cidade, morreu. Ele tinha 95 anos e era pai de sete filhos. Sua trajetória profissional em Brusque começou em 1957.
Germano era filho de Moritz, padeiro que teve um empreendimento famoso na cidade, que foi grande incentivador dos seus estudos. Sua trajetória começou no Grupo Escolar Alberto Torres, hoje o Colégio Cônsul, mas, na época, Brusque não tinha o que era chamado ginásio, ou os quatro últimos anos do ensino fundamental. Com o apoio do pai, ele continuou os estudos em Florianópolis.
Ele terminou o ginásio e fez mais três anos de curso científico em 1946. Um ano antes, quando estava passando férias em Brusque, foi diagnosticado com apendicite. Precisou ficar internado por sete dias no hospital Azambuja. Nesse período, ele ficou encantado com o respeito e o tratamento que os médicos recebiam de pacientes e outros funcionários.
Decidido a seguir essa carreira, ele foi para Curitiba para se formar médico, na antiga Faculdade de Medicina do Paraná, que foi transformada na Universidade Federal de Paraná no seu segundo ano de curso. Ele se formou em 1954 e, depois, passou um período na Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo.
Em 1957 retornou para Brusque, reforçando a junta médica da cidade. Germano se formou generalista e seu primeiro trabalho na cidade foi no posto de saúde do Jardim Maluche.
Ele atuou em momentos marcantes da cidade, como da epidemia de malária, além de muitos os casos de verminose, asma, ataques epilépticos, tétano e tifo, entre outros.
Germano tem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) desde 1959. Atualmente, todos os recém-formados precisam dessa inscrição para atuar na profissão, o que era diferente quando ele iniciou na atividade.
No ano em que ele fez sua inscrição no conselho, ele se recorda que um representante do CRM esteve em Brusque para fazer o registro dos profissionais que já trabalhavam aqui, mas ainda sem essa certificação.
Nem todos quiseram fazer a inscrição no conselho naquele momento, mas Germano optou por se registrar. Ele ficou com o CRM SC 0168, um dos 200 primeiros médicos a terem esse documento, e que está ativo até hoje.
Ao longo das décadas, Germano passou por diversos momentos importantes da medicina brusquense. Um deles foi a instalação do Serviços à Assistência Médica Domiciliar de Urgência (Samdu), o equivalente ao Samu atualmente. Ele se recorda que a unidade era apenas para cidades grandes, mas que Adelino Alves, em conversas diretas com o então presidente João Goulart, conseguiu trazer para Brusque.
Além de médico, Germano foi vereador e presidente da Câmara de Brusque, e presidente da paróquia evangélica luterana. Ele foi responsável pela construção da capela mortuária perto da maternidade velha.
Em 1956 ele se casou com Lya Vianna Hoffmann, que conheceu em Florianópolis. Juntos tiveram sete filhos e buscavam a união da família.
Alguns dos descendentes de Germano também seguiram a trajetória na área da saúde. Ele teve três netos médicos, dois netos e um filho dentistas, mais dois netos e um filho bioquímicos.
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