Conselho Tutelar afirma que criança levada ao hospital não sofre maus-tratos; polícia investigará o caso
Segundo o Conselho de Guabiruba, o caso foi um mal-entendido e o casal não foi preso
Segundo o Conselho de Guabiruba, o caso foi um mal-entendido e o casal não foi preso
No último domingo, 14, Polícia Militar divulgou que um casal foi preso após agredir o filho de 12 anos, na rua Azambuja, em Brusque. Contudo, o Conselho Tutelar de Guabiruba, que atende o caso, afirmou ao jornal O Município que os pais não foram presos e a criança não sofre maus-tratos.
“A criança nunca sofreu agressões. Foi um fato isolado, a criança desobedeceu as ordens dos pais, ficou nervosa e teve uma convulsão. Foi uma fatalidade”, conta a conselheira tutelar, Vanderleia Suavi.
Na ocasião, a PM informou que o homem e a mulher cometeram o crime de maus-tratos ao menor. Os policiais teriam encontrado a criança com alguns ferimentos e o menino foi encaminhado ao Hospital Azambuja, onde recebeu atendimento. Na sequência, ele foi levado ao Conselho.
Porém, segundo a conselheira tutelar, o caso foi um mal-entendido. O Conselho foi acionado pelo hospital. Lá conversou com a família para entender a situação.
De acordo com o que foi apurado pelo Conselho, a família estava em um parque aquático, quando uma senhora se acidentou. Então, eles levaram a mulher para o Hospital.
Em certo momento, a criança, que estava dentro do carro, ficou nervosa, desceu do veículo e não quis mais voltar. A mãe tentou acalmar o menino, mas ele não a obedeceu. Então, ele chegou a agredir a mãe, que bateu nele com um chinelo.
Vanderleia conta que o Conselho conversou com o menino, mais calmo. Ela afirma que ele terá acompanhamento com a rede do município, com assistencial social e apoio psicológico.
“Atendemos a família há um tempo, após a mãe procurar sobre a rede de ensino quando se mudaram. Por gostar de desenhar, o poder municipal tentou integrá-lo em projeto. Por conta da pandemia, os planos foram afetados. Mas agora, o objetivo é tentar novamente”, detalha.
O delegado da Polícia Civil Matusalem Júnior de Moraes Machado informa que o caso será investigado. Até o momento, pelo o que foi apurado pela polícia, a criança tem histórico de desobediência.
Contudo, serão solicitados depoimentos de todos envolvidos e já solicitaram relatório do Conselho Tutelar de Guabiruba. Além disso, a investigação conta com uma testemunha.
Ele destaca que não houve flagrante que atestasse a agressão. “Mesmo que pode ser um mal-entendido, é necessária a investigação, para atestar se houve ou não a prática de um crime”, diz.
O delegado também explica que, para crimes de maus-tratos, a pena máxima é de um ano. “É um crime que não dá prisão. Se for constatado, será lavrado um termo circunstanciado. É um tipo de crime que mesmo se for comprovado, caso não teve uma lesão mais grave, não há prisão. Mas não significa que não terá responsabilização uma multa ou atividade comunitária”, completa.
Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município. Clique na opção preferida: