Construção civil puxa queda no saldo de empregos em Brusque em setembro; confira dados
Setor foi o que mais teve demissões no período
Setor foi o que mais teve demissões no período
Em setembro de 2023, Brusque registrou um saldo positivo de emprego. No total, foram 142 pessoas contratadas a mais do que desligadas na cidade. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No mês de setembro de 2023 houve 2.504 admissões, número menor que do setembro de 2022, onde foram registradas 2.739. O setor que mais teve redução do número de empregos foi na construção civil, com 70 postos de trabalho fechados durante o mês.
O número de desligamentos também foi menor que do setembro de 2022. Em 2023 foram registrados 2.362 contra 2.390 de 2022.
Neste contexto, o saldo de empregos de setembro de 2023 foi menor que do ano passado. Foram contratadas 349 pessoas em setembro de 2022.
Segundo os dados, em 2023 três meses ficaram com saldo negativo. O maior foi em maio com 143 desligamentos a mais que contratações, seguido por junho com 95, e, por fim, abril com 13.
Sobre os meses em que o saldo ficou negativo, o presidente da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Acibr), Marlon Sassi, afirma que, apesar do resultado ser negativo, a expectativa era pior.
“Dentro do cenário, os números parecem estáveis. No ano passado, trouxemos o diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel, para o Jantar de Ideias, em Botuverá, e ele já alertava sobre as dificuldades que o mercado têxtil teria. Mas ainda podemos ser bem otimistas”, afirma.
Para os próximos meses, Marlon diz que é prevista uma melhora de empregos. “Neste contexto de fim de ano, acreditamos que a situação irá melhorar com a entrada dos pagamentos do 13º. Também está começando a voltar a produção de automóveis”.
Nos quatro setores, apenas na construção houve saldo negativo de 70. Nos demais, todos ficaram positivos. O maior saldo foi o da indústria (98), seguido pelo serviços (81), comércio (31) e agropecuária (2).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb), Izaias Otaviano, há pouca procura no setor.
“O que acontece é que há poucas pessoas procurando trabalhos pelo sindicato, então elas ficam na informalidade. Os trabalhadores que se registram como Microempreendedor individual (MEI) acaba sendo um pouco prejudicial, pois a pessoa não contribui para o sindicato e não é contabilizada no Caged”.
Outro ponto que Izaias destaca é que muitos trabalhadores acabam indo para outra cidade, o que não marca como uma contratação de Brusque.
“Medimos o número de contratações com o trabalhador buscando emprego no sindicato. Atualmente, pela quantidade de empreendimentos fora de Brusque, os trabalhadores acabam indo para Itapema, Balneário Camboriú, entre outras”, afirma.
Para os próximos meses, Izaias acredita que a tendência negativa deva estabilizar com novos empreendimentos em Brusque. “Um prédio demora uns três, quatro anos para ser finalizado, por isso não há muita movimentação no setor. Porém, estamos vendo vários empreendimentos começando na nossa cidade”, finaliza.