Coordenador paroquial comenta catequese em tempos de pandemia

Suspensão de encontros presenciais forçaram adaptações nas atividades

Coordenador paroquial comenta catequese em tempos de pandemia

Suspensão de encontros presenciais forçaram adaptações nas atividades

Os encontros presenciais de catequese da Paróquia São Luís Gonzaga estão suspensos desde o decreto emitido pelo Governo Estadual em 18 de março, que instituiu o isolamento social em Santa Catarina devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19).

Ainda que a igreja Matriz esteja aberta para oração pessoal e algumas celebrações, o que também se estenderá para as comunidades a partir da próxima semana, os mais de dois mil catequizandos seguem uma prática adaptada de Iniciação à Vida Cristã.

“O processo continua. Não podemos parar de trilhar esse caminho de encantamento. Mesmo que os encontros não sejam presenciais, nossos catequistas têm se empenhado no ensino a distância, contando com o apoio e o suporte da família, que é a principal anunciadora do Evangelho às crianças e aos adolescentes”, conta o coordenador paroquial da catequese, Saymon Alves Mayer.

Em 2020, as celebrações de Primeira Comunhão estavam agendadas para os domingos do Tempo Pascal. Já a Crisma aconteceria na próxima semana, durante a celebração de Pentecostes. Ambas foram adiadas e seguem ainda sem data de realização.

Da mesma forma, conforme o planejamento paroquial, a recepção de novos catequizandos aconteceria em março, através de encontros familiares e, entre os meses de junho e julho, haveria a visita missionária às famílias.

“No entanto, ainda não temos uma data definida para o início da catequese com as novas turmas de Iniciação à Vida Cristã, tendo em vista que o contato inicial é importante para que o processo catequético aconteça não só na Igreja, mas também em casa. Além disso, aguardamos novas orientações vindas da Coordenação Arquidiocesana de Catequese, responsável por direcionar e conduzir a nossa missão”, afirma Saymon.

Novos desafios

Para a catequista Naiana Vargas Arnoldo, a quarentena trouxe novos desafios: como manter a catequese, que também é a prática do encontro, em um tempo que exige o distanciamento social? Foi neste contexto que se reafirmou a importância do envolvimento familiar no ensino e vivência da fé.

“Os pais estão sendo uma ferramenta muito importante na vida cristã de seus filhos. Eles assumem o papel de catequista e acompanham os filhos na lição. Estão ajudando e ensinando na medida do possível”, relata Naiana.

Segundo ela, a relação com os catequizandos também surpreende. “Pude perceber a maturidade dos adolescentes, como eles crescem e se desenvolveram na fé”, enfatiza.
Bruna de Amorim e Cássio Schauemberg de Campos são responsáveis por uma turma com 12 catequizandos. Desde que a quarentena iniciou eles deram continuidade aos encontros, mas de forma remota.

“Nós enviamos para os pais uma introdução sobre o capítulo que deve ser passado aos filhos. Encaminhamos vídeos e músicas que estimulem a reflexão. Depois eles nos mandam fotos da realização deste processo”, explica.

O catequista destaca que o retorno desta adaptação tem sido bastante positivo. “É um momento complicado por conta de toda esta situação, mas nada nos impede de fazer o diferencial e adaptar o conteúdo para que a evangelização continue”, afirma.

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