Coqueluche em Brusque: município investiga quatro casos suspeitos da doença; vacinas estão disponíveis nas UBSs

Doença afeta principalmente bebês e pode ser facilmente confundida com uma gripe

Coqueluche em Brusque: município investiga quatro casos suspeitos da doença; vacinas estão disponíveis nas UBSs

Doença afeta principalmente bebês e pode ser facilmente confundida com uma gripe

Brusque possui quatro casos suspeitos de coqueluche em investigação atualmente. A doença, que afeta principalmente bebês, pode ser facilmente confundida com uma simples gripe pelos sintomas semelhantes ao de um resfriado. A coqueluche possui vacina, que pode ser aplicada nas Unidades Básicas de Saúde dos bairros da cidade.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Carol Maçaneiro, ao todo foram notificados cinco casos da doença, sendo um deles já descartado, e os outros em investigação.

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Ela é uma doença semelhante a um resfriado. Está associada a tosse, coriza, dores no corpo, cansaço e febre. E é altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar.

Após um tempo a tosse deixa de ser fraca e passa a ser severa e descontrolada, podendo causar dificuldades na respiração, além de vômitos e cansaço extremo.

A doença afeta principalmente crianças e lactentes até os 6 meses de idade, e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde de Brusque e de todo o estado.

Vacinação da coqueluche em Brusque

Os dados da Vigilância em Saúde de Brusque trazem uma diminuição de 8,6% na vacinação de crianças menores de 1 ano e 17% nas crianças de 1 ano até julho de 2024, em comparação com 2023. Entretanto, os números devem aumentar até o final do ano.

No ano de comparação houve uma cobertura vacinal de 92,94% em crianças menores de 1 ano. Os números de 2022 são semelhantes aos de 2023, foi feita uma cobertura vacinal de 92,18%, uma diferença de 0,8% entre os anos.

Já a cobertura de crianças de 1 ano em 2024, até o mês de julho, foi de 78,86%, 17% a menos do que em 2023, que registrou uma área de cobertura de 95,15%.

A cobertura de vacinas pentavalente e DTP em 2022 ficou fora da casa dos 80%, assim como em 2024, mesmo ainda estando no mês de agosto. No ano de 2022 foi contabilizada uma área de cobertura de 79,92%, havendo um aumento de 19% em 2023.

A diretora comenta que em 2023 houve um grande trabalho pela cobertura vacinal por conta dos dois anos anteriores terem sido afetados pela pandemia da Covid-19. E diz que por ainda estarmos na metade de 2024 os números da cobertura vacinal devem se aproximar dos registros do ano passado.

A primeira dose da vacina começa com a pentavalente, que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B.

Como o público alvo são crianças, é recomendado que a primeira dose seja aplicada nas crianças de 2 meses. Já a segunda dose no quarto mês de idade.

A vacina DTP, que previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis) atuam como vacina de reforço. São aplicadas como dose de reforço a partir do 15º mês de idade da criança até os 4 anos.

E a vacina DTPa atende gestantes (em cada nova gravidez) e profissionais de saúde, a cada dez anos.

Vacina para gestante

Sobre a vacinação de gestantes, a diretora da Vigilância em Saúde explica que deve ser feita uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana de cada gestação, para proteger o bebê da coqueluche antes de ele nascer.

“Garantir a vacinação a partir da vigésima semana de gravidez é essencial para evitar a coqueluche em recém-nascidos. Isso porque os anticorpos são transferidos ao bebê pela placenta e, depois do parto, pela amamentação”, esclarece.

A vacinação de gestantes tem por objetivo reduzir ainda mais o risco de contágio. “Além da gestante, é aconselhável a vacinação de todos aqueles que estarão mais próximos do pequeno nos primeiros meses de vida”.

Em 2024, em Brusque, foram vacinadas 761 gestantes (com dados até julho deste ano). No ano passado, o número foi de 1253. O período também registrou a vacinação de seis mulheres no período pós-parto.

E em 2022, um número maior, 1389 gestantes foram vacinadas contra coqueluche, sendo apenas uma mulher no período pós-parto.

Alerta da Secretaria de Saúde

A Secretaria de Saúde do estado de Santa Catarina emitiu um alerta no início de julho reforçando a importância da vacinação contra a doença. O comunicado também pontua para o cuidado com os casos da doença no país, ainda mais durante o inverno intenso no estado.

Para ter acesso à vacina, basta ir até a Unidade Básica de Saúde do seu bairro. Lá serão explicadas quando as doses devem ser aplicadas, assim como demais cuidados.


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