Correios explicam atrasos de entregas em Brusque; sindicato contesta estatal

Nota assinada pelo presidente da estatal foi enviada à Câmara de Vereadores

Correios explicam atrasos de entregas em Brusque; sindicato contesta estatal

Nota assinada pelo presidente da estatal foi enviada à Câmara de Vereadores

Os Correios enviaram nota assinada pelo presidente da empresa estatal, Floriano Peixeira Vieira Neto, à Câmara de Brusque, respondendo o ofício do vereador Jean Dalmolin (Republicanos) sobre a possibilidade de aumentar o efetivo de carteiros na cidade.

A nota esclarece que todos os empregados inseridos em grupos de risco para a Covid-19 foram afastados por causa da pandemia e que por isso, momentaneamente, algumas localidades ficaram com efetivo reduzido, incluindo a unidade operacional de Brusque.

“Os Correios têm envidado esforços para equacionar sua força de trabalho em atividade presencial, a fim de minimizar os impactos à sociedade”.

De acordo com a resposta, a superintendência estadual dos Correios em Santa Catarina está adotando medidas para diminuir os transtornos, como contratação de profissionais temporários e remanejamento de funcionários.

“Dentro de curto espaço de tempo, isso permitirá aos brusquenses perceberem melhora na qualidade dos serviços postais”, afirma.

Os Correios também pedem desculpas pelos transtornos causados e destaca que o avanço da vacinação contra a Covid-19 no Brasil vai possibilitar o retorno dos funcionários afastados em breve, o que deve acarretar com “a retomada efetiva da normalidade do atendimento aos cidadãos de Brusque”.

Sindicato não acredita em resolução a curto prazo

Dalmolin conta que fez o questionamento aos Correios depois de muitas reclamações de pessoas que estão tendo atraso na entrega dos recebimentos de encomendas, faturas, mas também de alguns carteiros. “Demanda tem, mas o efetivo é pequeno”.

Dirigente sindical em Brusque, Josiel Reis acredita que a justificativa da pandemia é uma muleta utilizada pelos Correios para justificar os problemas em todo o país.

“A empresa não se mexe por causa do impasse da privatização, eles não querem contratar nesse momento. O último concurso público foi há dez anos. A resposta que eles mandaram para Brusque é a mesma que enviaram para Guabiruba”.

Ele afirma que os últimos afastados por causa da Covid-19 devem retornar ao trabalho em Brusque em breve, mas que o problema vai permanecer.

“Existem ferramentas que medem o quantitativo de efetivo comparado à carga, e, pelo que a gente vê, os carteiros vão ficar cada vez mais sobrecarregados e não vão atender a demanda. O efetivo não é suficiente. Existe objeto parado desde o mês de julho”, conta.

Josiel sugere que a população procure meios oficiais para manifestar os atrasos.

“O problema só vai ser resolvido quando os Correios contratarem, não tem fórmula mágica. Só vai melhorar se a população for ao Procon ou reclamar no site dos Correios. Esse tipo de reclamação surte efeito porque tem registro”.


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