Covid-19: Brusque ultrapassa marca de 150 óbitos; confira perfil das vítimas
Levantamento feito por O Município identifica perfil das vítimas da Covid-19 no município
Levantamento feito por O Município identifica perfil das vítimas da Covid-19 no município
Brusque ultrapassou nesta semana a marca de 150 óbitos associados à Covid-19. As vítimas fatais são principalmente pessoas idosas, com mais de 60 anos, e com comorbidades. Até 13h desta quinta-feira, 11, foram registradas 152 mortes.
O primeiro óbito foi registrado no dia 20 de junho do ano passado. Desde então, os meses que mais registraram mortes por coronavírus foram julho e dezembro, com 29 e 38 mortes respectivamente. E, somente nos primeiros dez dias de março a cidade registrou 16 óbitos.
O secretário de Saúde de Brusque, Osvaldo Quirino de Souza, explica que estes meses com mais óbitos coincidem com os períodos após momentos críticos da pandemia no município.
De acordo com levantamento feito por O Município, com base nas informações disponibilizadas no painel do governo de Santa Catarina, os óbitos ocorrem em média após 20 dias do início dos sintomas.
Souza explica que geralmente a partir do sétimo dia ocorrem as complicações mais graves da Covid-19, como pneumonia, lesões hepáticas, entre outras, que podem levar o paciente a óbito.
“Os pacientes que estão em UTI acabam adquirindo infecções secundárias: pneumonia, pancreatite, lesões hepáticas. Acabam tendo outras doenças e às vezes acaba evoluindo para septicemia. E o pulmão fica muito tempo paralisado também, é difícil recuperar a função respiratória e o paciente voltar a respirar sozinho”, explica o secretário.
Souza esclarece que os óbitos ocorridos algum tempo após o início dos sintomas são por complicações da doença. “O paciente começa a ter uma piora porque tem uma neuropatia, uma fraqueza neuromuscular, e o paciente começa a perder capacidade respiratória mesmo na fase mais tardia da doença”, comenta.
Segundo levantamento dos óbitos ocorridos na cidade, 72,3% das vítimas tinham comorbidades. Quarenta e duas vítimas não tinham comorbidades, sendo que apenas sete delas (16%) tinham menos de 60 anos.
O secretário explica que é mais comum pessoas acima de 60 anos terem comorbidades como hipertensão, diabetes, obesidade, além sequelas do tabagismo.
Dentre a faixa etária, 79,6% das vítimas tinha mais de 60 anos. Trinta e uma delas tinha abaixo de 60. “Essa é a estatística desde o início da Covid, se falava que ela atingia uma faixa etária predominantemente acima de 60 anos” , recorda o secretário.
O secretário avalia que o município vivem um momento no qual o perfil da internação mudou. Agora há pessoas entre 20 e 50 anos, até sem comorbidades, internadas. Além disso, a pasta observa uma diminuição na internação de idosos. A teoria é de que a vacinação tem contribuído.