De olho na sucessão de Temer, Henrique Meirelles mudará equipe de comunicação
Os videntes
Patinando
Disposto a tudo para ser candidato à sucessão de Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles está patinando nas pesquisas de intenção de voto. Insatisfeito, vai mudar sua equipe de comunicação. Sabe-se que ele tem dado ouvidos ao publicitário catarinense Fábio Veiga, indicado pelo governador Raimundo Colombo.
Os videntes
Alguns analistas políticos de SC parecem videntes no atual momento. Não põem diante de si uma bola de cristal – aquele instrumento usado por algumas pessoas e religiões, que tem a capacidade de adivinhar ou prever acontecimentos do futuro e fatos ocultos do presente – mas chegam perto, tal é a exigência e a complexidade do jogo político catarinense atual, em especial para a sucessão estadual. Mas, sopesando aqui e acolá, a novidade é que não há novidade. Ou seja, tudo se encaminha para não acontecer, salvo algo realmente inesperado, a desejada renovação política, aqui não entendida em relação à idade dos políticos, mas sim quanto a novos nomes. A incógnita é saber como o eleitor, já saturado com os muitos que estão por aí há décadas, se revezando no poder, reagirá em outubro, na hora de votar.
Frouxos
O medo (em alguns, pavor) de desagradar os servidores públicos federais, estaduais e municipais, é o que faz alguns deputados federais governistas de SC a ficar reticentes na reforma da Previdência. Mas se o governo conseguir difundir na opinião pública a real imagem de que os servidores tem privilégios e que o justo seria serem todos iguais perante a lei, tais congressistas teriam que descer do muro.
Moeda estatal
O deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) quer evitar a privatização da Casa da Moeda. Sua Proposta de Emenda à Constituição 390/17, em análise, torna competência exclusiva da União a produção de moeda e passaporte no País e veda a terceirização, privatização ou concessão à iniciativa privada. Justifica que como empresa mais antiga do País, exerce um papel estratégico na defesa da soberania e segurança do Estado brasileiro. Se não for assaltada, como já foi…
Só o PT?
O grupo Foro de Brasília, concorrente do Foro São Paulo, que é mais partidário, está divulgando projeto de iniciativa popular prevendo o crime de lesa-pátria, tendo como referência “os crimes cometidos pelo PT contra a Nação”. É um projeto tendencioso. Só o PT? Houve e há vários outros partidos de gente tão salteadora quanto: PMDB, PP, PTB, PSDB, PDT…
Ressaca
Onde vamos parar? As prefeituras sulinas de Gravatal, Imaruí, Sangão e Santa Rosa de Lima decidiram emendar o feriadão de Carnaval, e o expediente normal será retomado somente hoje, quinta-feira. Se os prefeitos tivessem, antes, consultado a população (e os contribuintes) certamente não teriam tomado tal decisão, que só depõe contra os próprios servidores públicos e sua crescente fama de indolência e ineficiência.
Paraguai
A respeito de nota, aqui, ontem, de que o Senado vai ouvir entidades empresariais brasileiras, inclusive de SC, para avaliar o sistema de isenção tributária do Paraguai, a blumenauense Altenburg, fabricante de travesseiros e roupa de cama, anuncia que nos próximos dias inaugura sua fábrica no vizinho país, na cidade fronteiriça de Ciudad del Este. Um dos vários motivos: em 2017, fechou uma fornecedora sua de fibras de poliéster, em Minas Gerais e, para importar o material, o imposto é de 16%. No Paraguai, há isenção.
Burocracia
Que alguma câmara de vereadores de SC, ou mesmo até o governo estadual, busque cópia e tome a mesma deliberação que está sendo concluída pelo Legislativo de Porto Alegre, com a aprovação de projeto de lei que dispensa o reconhecimento de firma e a autenticação de cópia de documentos que sejam destinados a fazer prova em órgãos e entidades da administração municipal. Nesse infeliz país, para evitar algum ato mal intencionado, todos são considerados, em tese, de má-fé. O projeto visa valorizar a presunção de boa-fé. Seria o normal se fossemos uma sociedade civilizada.
Desperdício
Dois helipontos em Florianópolis, badalados na época em que foram construídos no topo de dois prédios, não passaram de elefantes brancos desde o nascimento. No do Hotel Majestic o contribuinte safou-se, por ser empreendimento privado. Não foi o caso do instalado no alto da “torre de cristal” do Tribunal de Contas do Estado, na Praça da Bandeira. Exigiu reforço em toda estrutura do prédio e nunca recebeu uma aeronave. Nem de papel.