Defesa Civil de Brusque registra mais de 1,9 mil vistorias e ocorrências em 2022

Número é 54,86% maior do que o total de 2021

Defesa Civil de Brusque registra mais de 1,9 mil vistorias e ocorrências em 2022

Número é 54,86% maior do que o total de 2021

A Defesa Civil de Brusque registrou 1.942 vistorias e ocorrências no município em 2022. Destas, 230 foram no bairro São Pedro, e 485 (24,97%) são referentes a deslizamentos. Os dados foram computados até 14 de dezembro.

Conforme relata o chefe de vistorias e fiscalização da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Edevílson Cugiki, o registro de 2021 é de 1.254, ou seja, houve um aumento de 54,86% em relação ao ano anterior, e ainda pode aumentar nas duas últimas semanas.

“O ano de 2022 foi bem intenso para a Defesa Civil, principalmente no quesito ocorrência. Nós tivemos um volume muito grande de ocorrências, maior que nos anos passados.  Destaque para o número de eventos que tivemos esse ano, que ao todo somaram dez eventos esse ano, a maioria pequenos, mas nesse final de ano, teve o grande evento que afetou boa parte da cidade, onde foi decretado o estado de calamidade pública. Agora estamos realizando o cadastro para liberação do FGTS para as famílias que foram atingidas”, avalia.

Não há alteração significativa em relação aos bairros com mais ocorrências verificadas pela Defesa Civil. Cugiki explica que locais como São Pedro, Águas Claras, Santa Luzia, Azambuja e Primeiro de Maio e Limeira são mais suscetíveis, principalmente por conta das encostas de morros, combinando, em alguns casos, com populações maiores. Grande parte é decorrente dos problemas causados pelas fortes chuvas de novembro.

“Era esperado [que haveria mais ocorrências do que em 2021], a gente vinha monitorando mês a mês e fazendo as comparações”, comenta Cugiki.

Ele relata que um dos principais desafios é trabalhar o que chama de “cultura de prevenção” da população. “Dependendo do lugar, por eventos que ocorrem uma vez por ano ou a cada dois anos, acaba não adotando um plano de ação para quando este tipo de situação acontece.”

A Defesa Civil pretende focar mais em trabalhos de conscientização e prevenção com a população que mora em áreas de risco. Contudo, Cugiki explica também que há alta rotatividade nos imóveis dessas regiões: as famílias não moram no mesmo local por muitos anos.

Simultaneamente, é necessário o trabalho do poder público em obras de infraestrutura para minimizar impactos futuros ou reduzir a frequência de ocorrências. “Em dezembro, no Nova Brasília, alagou no final da rua Joaquim Zucco, mas não no início. Era um local que alagava e acumulava muita água. Vimos melhoras também na rua Lili Bruns. Estas obras de drenagem já tiveram efeito. (…) Há obras finalizadas onde já se percebe um efeito, e outras que até tem projetos, mas são mais caras ou de difícil execução.”


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