Defesa Civil registra dois casos de deslizamentos em Brusque
Chuva dos últimos dias gerou duas ocorrências no município, nos bairros Cedro Alto e Azambuja
Dois deslizamentos foram registrados pela Defesa Civil de Brusque nos últimos dias por conta das constantes chuvas. Os casos ocorreram nos bairros Cedro Alto e Azambuja. Neste último, o órgão recomendou aos moradores que não utilizem os cômodos próximo ao talude.
A Defesa Civil alerta que caso se confirme a previsão de mais chuvas para os próximos dias, há riscos de novos deslizamentos.
O coordenador do órgão, Adão dos Santos Cintra, explica que esses novos casos poderão ocorrer, mas de forma mais pontual, já que o solo está encharcado em virtude das últimas chuvas.
No entanto, depende da intensidade da chuva, se ocorrer. “Nenhuma área específica está recebendo monitoramento diferenciado, porém, sempre se mantém o monitoramento sistemático das áreas de risco do município, realizado principalmente pelo acumulado de chuva das regiões”, informa.
Cintra acrescenta que caso uma das regiões atinja o nível crítico de chuvas, é realizado o acompanhamento da área. Ainda, como o município está incluso entre os 821 municípios prioritários de monitoramento do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), sempre que os níveis de chuva se tornam preocupantes se emite alerta de risco de deslizamento. Entretanto, nas chuvas dos últimos dias, o município recebeu nenhum alerta.
Como a chuva tem sido bem distribuída no espaço/tempo e com intensidade moderada, não há grandes motivos para a Defesa Civil se preocupar. Porém, como de praxe, é realizado o acompanhamento do nível dos rios e volume acumulado de chuva.
Erosão preocupa moradores do Zantão
Desde 2008, após a grande enchente que afetou toda a cidade, os moradores da rua ZT 002, no Zantão, sofrem com um desmoronamento na rua. A moradora Talita Herdt Pereira informa que com as fortes chuvas de verão e do mau tempo dos últimos dias o buraco aumentou e tomou conta de parte do terreno de sua casa.
“É uma situação que coloca em risco a única coisa que minha família tem. Os outros moradores da rua também estão sendo atingidos com essa falta de preocupação do poder público”, diz.
O coordenador da Defesa Civil afirma que está ciente da situação, no entanto, durante as chuvas dos últimos dias não foi recebida solicitação de vistoria n área. Ele ressalta que, periodicamente, são visitadas as áreas de risco do município e na última visita ao local se observou que parte da pista de rodagem da rua foi tomada pela erosão existente desde 2008. “Com isso, impediu o tráfego em parte da via, porém sem infringir risco iminente às residências”, avalia Cintra.
Talita conta que já fez contato com a Defesa Civil, Secretaria de Obras e Câmara de Vereadores, porém, até o momento não recebeu nenhuma resposta.
Segundo Cintra, a Secretaria de Obras também tem ciência da situação. O Município tentou contato com o secretário da pasta, Renato de Borba, mas não conseguiu localizá-lo.