Defesa de Luciano Hang pede acesso à investigação do inquérito das fake news
Habeas corpus com pedido liminar com urgência foi destinado ao ministro Luiz Fux, do STF
Habeas corpus com pedido liminar com urgência foi destinado ao ministro Luiz Fux, do STF
Nesta sexta-feira, 29, a defesa de Luciano Hang entrou com habeas corpus com pedido liminar para ter acesso ao inquérito 4.781/DF, conhecido como inquérito das fake news, do Supremo Tribunal Federal (STF). Liminar foi destinada ao ministro Luiz Fux.
A defesa alega que, sem ter acesso à investigação, o empresário não teria como se defender contra as acusações apontadas no inquérito, aberto em 2019 para apurar ofensas e ataques a ministros do STF.
Hang foi um dos alvos da operação da Polícia Federal na manhã de quarta-feira, 27, com as medidas de busca e apreensão, além de quebra de sigilo bancário e fiscal e bloqueio de suas redes sociais.
De acordo com a medida liminar dos advogados de defesa Beno Brandão, Murilo Varasquim, Alessi Brandão, Victor Leal e Igor Rayzel, o ministro Alexandre de Moraes apresentou conduta omissiva ao não analisar o pedido de acesso e cópia da investigação.
Após várias tentativas de contato com o gabinete de Moraes, a defesa esclarece que não teve acesso aos autos: “não conseguimos ter acesso a nenhuma decisão proferida até o presente momento, mesmo apresentando toda a documentação constitutiva para representar o investigado”.
Portanto, pedido destaca que tanto Hang quanto o grupo de advogados da defesa estão sem qualquer informação sob análise do pedido de acesso à investigação, “o que impede que até agora, transcorridos mais de 62 horas da apreensão de seu celular e computador, saber qual a base probatória que respaldou medidas cautelares contra si”.
A defesa ressalta que Luciano Hang teve conhecimento pela imprensa que os outros investigados estão há quase 30 dias no aguardo de uma resposta do STF sobre o acesso das investigações.
O inquérito investiga a disseminação de notícias fraudulentas, falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações ao STF.
Além disso, a investigação aponta a existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e ao Estado de Direito.