Dejetos no rio causam mau cheiro nos bairros São Luiz e Steffen
Moradores acreditam que despejos irregulares são feitos à noite; Fundema não sabe precisar origem
Dejetos no rio causam mau cheiro nos bairros São Luiz e Steffen
Moradores acreditam que despejos irregulares são feitos à noite; Fundema não sabe precisar origem
- 14/12/2018
- 5:11
Desde o último domingo, 9, moradores dos bairros São Luiz e Steffen estão incomodados com o mau cheiro no rio Itajaí-Mirim. Próximo à rua Otto Heckert, no São Luiz, há um aparente despejo irregular de dejetos que causa um forte odor, atrai insetos e perturba quem reside no local. A fiscalização municipal já passou por lá, mas ainda não há como identificar a origem do despejo.
Adriano Kohler mora no limite dos bairros São Luiz e Steffen, próximo de onde corre o rio. “Moro aqui há 20 anos, nunca aconteceu nada parecido”, conta. “Por conta do cheiro, está cheio de bichos. O que tem de coisa nojenta, ‘tá ali.”
Segundo o morador, o cheiro começou no domingo, quando também foram percebidos os dejetos. Na segunda-feira, ele fez contato com a Vigilância Sanitária e com a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema).
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Desde então, ele conta que, todas as noites, ouve um barulho “que parece um bicho descendo pro rio”. A suposição de Adriano é que seja o despejo irregular, vindo do estacionamento nos fundos do posto de gasolina que fica do outro lado das margens do rio.
“Morei nessa rua a vida inteira, e nunca aconteceu isso. Na minha casa tem fossa, pode ser que nas outras não, mas nunca teve esse acúmulo. Então, algo de errado deve estar acontecendo”, diz o morador.
Veja o vídeo gravado por morador do São Luiz:
Ele gravou um vídeo que mostra o leito do rio próximo à rua Otto Heckert, no bairro São Luiz, atrás do posto Azza. De acordo com o morador, são cerca de dez metros quadrados de dejetos que estão expostos desde o último domingo. “Não tem como suportar mais isso”, diz o morador no vídeo.
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Adriano atenta para o perigo dos dejetos, que atraem animais que podem disseminar doenças. Além disso, diz que, com o mau cheiro, “é insuportável ficar dentro de casa”.
O diretor da Fundema, Cristiano Olinger, afirma que o órgão recebeu a denúncia e realizou a fiscalização no local. “Estamos verificando o ocorrido, por enquanto não temos como precisar, nem nós nem os moradores. Aparentemente, é descarte irregular de um limpa-fossa, talvez, ou despejos de ônibus”, explica.
Quanto à limpeza do local, Olinger diz que a Fundema não tem como resolver: “Só se tivéssemos alguma forma de entrar no rio e fazer a retirada”.