Deputado Peninha fala sobre processo de impeachment da presidente Dilma

Ele garante em entrevista, que PMDB terá candidato a prefeito em Brusque

Deputado Peninha fala sobre processo de impeachment da presidente Dilma

Ele garante em entrevista, que PMDB terá candidato a prefeito em Brusque

Em visita a Brusque realizada na quinta-feira, 24, o deputado federal Rogério Mendonça, o Peninha (PMDB), concedeu entrevista ao Município Dia a Dia para falar sobre a crise política em Brasília, sobretudo envolvendo o governo e a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Na entrevista, ele também reitera que o PMDB de Brusque deverá ter candidato a prefeito em outubro.


Impeachment

“Eu tenho feito algumas apostas entre colegas deputados, calculo que o processo de impeachment na Câmara aconteça até o fim de abril, e vamos ter mais de 400 votos pró impeachment. Pela evolução do quatro, aumento de denúncias a cada dia, inclusive do ex-presidente Lula ter sido convidado para o ministério para se proteger da Justiça, se percebe a população cada vez mais revoltada. Acredito que o impeachment hoje é irreversível”.


PMDB no governo

“Dia 29 vamos ter uma reunião do diretório nacional, são 119 membros e eu faço parte e voto. Vamos votar a saída do governo e a entrega de todos os cargos e ministérios, com prazo até o dia 12 para que os ministros se preparem para sair. Eu calculo que mais de 60% do diretório nacional deve votar pelo afastamento, também considero irreversível a saída do PMDB do governo. O quadro do vice-presidente é diferente. O Michel foi eleito, não foi indicado pela presidente. Ele não tem cargo no governo, tem uma expectativa de cargo”.


“O clima está horrível, se fala em 316 agentes políticos denunciados, de 24 partidos. A gente sabe que hoje o principal partido envolvido é o PT, mas isso não é só uma prerrogativa do PT”


Impeachment no Senado

“Hoje, o que estamos vendo no Brasil, eu não vi situação parecida no mundo todo, a população indo à rua, a população parece estar em plantão permanente pelo impeachment, um quadro que leva os representantes a irem neste sentido, o Senado também. Não tem como ir contra a população brasileira. Todos dizem que, se passar na Câmara, os senadores não têm como ir contra esse quadro”.


Situação de Eduardo Cunha

“Ele está sendo julgado pelos seus colegas na Comissão de Ética. Acho que ele deve ser afastado da presidência pelo Supremo, quando houver um julgamento. Temos aconselhado ele a deixar a presidência e defender o seu mandato de deputado. Ele está fazendo o que legalmente é possível, está se defendendo, igual a presidente Dilma, que está tentando postergar ao máximo o julgamento dela na Câmara, faz parte do jogo. Em relação ao processo de impeachment, hoje já fugiu do seu controle, não é mais do Eduardo Cunha ou da Câmara, é da população brasileira”.


Clima na Câmara

“O clima está horrível, se fala em 316 agentes políticos denunciados, de 24 partidos. A gente sabe que hoje o principal partido envolvido é o PT, mas isso não é só uma prerrogativa do PT. No Brasil, infelizmente, é um quadro generalizado. Hoje todos os partidos estão corrompidos e contaminados. Mas não é porque um deputado do PSDB está envolvido, não é porque no governo do Fernando Henrique se roubava, até acho que roubava também, mas as denúncias estão acontecendo, as provas existem, e este governo tem que cair. Mas não quer dizer que esteja sendo complacente com os outros. Acho que tanto o Eduardo Cunha quanto o Renan [Calheiros, presidente do Senado] tem que ser afastados das presidências da Câmara e do Senado, e se acontecer algo que mostre que o Michel está envolvido, serei o primeiro a defender seu afastamento também”.


Relação com Bolsonaro

“O Bolsonaro é muito meu amigo, ele tem uma posição favorável ao meu projeto que muda o estatuto do desarmamento, por isso tem vindo a Santa Catarina comigo, falar sobre o projeto. E não voto em candidato a presidência da República que seja a favor do estatuto do desarmamento. Se o candidato do meu partido for a favor, poderei apoiar o Bolsonaro para presidência. Eu vejo que hoje as posições polêmicas dele se identificam com a população brasileira, mais de Direita. Prefiro um governo de direita sobre de esquerda”.


PMDB em Brusque

“Tenho deixado claro que a expectativa da Executiva estadual do PMDB e a minha é que devemos ter candidato a prefeito no máximo de municípios, em Brusque não é diferente. Hoje temos dois excelentes nomes. Um é o Danilo Rezini, também temos o Ari Vequi, que colocou o nome à disposição. A decisão será por aquele que, no momento certo, tiver melhor condições de ganhar, vamos avaliar internamente, fazer pesquisas. Acredito que nós temos condições de ganhar sim. A população brusquense vai ter algum nome diferente deste quadro que está colocado. Lá no período de convenção vamos ver aquele que tem mais condição de disputar e ganhar”.

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