Desafio Fenajeep empolga o público com muito equilíbrio e emoção
Competição é uma das provas mais eletrizantes do evento
Competição é uma das provas mais eletrizantes do evento
O Desafio Fenajeep levou o público ao delírio com as corridas com obstáculos entre sábado e domingo, 23, na 26ª Festa Nacional do Jeep (Fenajeep). A prova, uma das mais icônicas do evento, atraiu muita gente, principalmente no último dia.
O Desafio reúne carros bastante modificados para aguentar situações extremas, como um atoleiro e uma colina logo em seguida. Os veículos são muito exigidos.
“Os tempos começaram com dois minutos, um minuto e meio. Depois já baixou para menos de 50 segundos, o pessoal acelerou muito”, comenta Luiz Gustavo, o Guto, da organização da prova.
Guto afirma que a competição foi bastante disputada este ano. A cronometragem oficial indicou que, em alguns casos, a diferença de um carro para outro foi de menos de 1 segundo.
Filho da Fenajeep
“Eu tenho paixão em jeep por causa dessa festa. A gente acampava aqui com 12 anos. A Fenajeep está na veia. Quando sai a data, já marco no calendário”, comenta o piloto Daniel Alberto Zen, que competiu na categoria Stock do Desafio.
A paixão que nasceu com a Fenajeep evoluiu e o garoto se tornou piloto. No início, o Desafio não era competitivo, mas quando se tornou, logo ele começou a participar.
“O veneno bateu. Eu tinha uma Rural e falei para o preparador como queria o carro. E assim também fizemos com o Troller”, diz Daniel. Ele correu com um Troller alterado e fez bonito, com um dos melhores tempos.
“É um Troller 2002 todo modificado para a pista. É um carro documentado, mas não andamos na rua nem fazemos muita trilha. É difícil fazer um carro para fazer um tempo bom, mas meus preparadores são fera”, diz o piloto brusquense. Suspensão, motor, eixos, tudo foi reforçado para dar conta do “tranco”.
Daniel participa de outras provas deste tipo. As próximas já estão definidas: Curitiba (PR), Colombo (PR) e Timbó. Mas nenhuma é igual a Fenajeep.
“Aqui é, sem dúvida, onde mais dá adrenalina, porque em lugar nenhum a gente corre na pista com 5 ou 6 mil pessoas perto. Dentro do carro você escuta a galera berrar, é outra vida. A emoção de Brusque é incomparável”, declara.
Novatos e aventureiros
O Desafio reúne muitos pilotos experientes, com carros bem preparados e ajustados por meses. Mas Matheus Vechini e Guilherme Beuting, o Alemão, foram uma exceção à regra.
A dupla brusquense é novata na participação de provas deste tipo. Eles são sócios do Jeep Clube e também integram o grupo Ousados 4×4 de Brusque, mas não haviam se preparado. “Compramos o carro faz só oito dias”, comenta Alemão, que correu pela primeira vez.
Compraram, mudaram quase nada e foram para pista. Vechini, que já havia participado uma vez da competição há algum tempo, diz que o objetivo era terminar sem quebrar. E conseguiram.
Vechini conta que apostou que quebrariam, por isso ele teve de pagar fazendo a barba e ficando só com um bigode. Ter “perdido” a aposta, entretanto, foi motivo de alegria e celebração para os irreverentes brusquenses.
O carro deles chamava a atenção por ter um manequim preso no capô. O boneco sobreviveu à competição.
Como funciona
A competição é dividida em três categorias: Stock, para pneus até 38 polegadas; Master, até 43 polegadas; e Força Livre, acima de 43.
Os pilotos de cada uma delas correram duas vezes no sábado e três vezes no domingo. Depois, as organização pegou as duas melhores voltas deles e fez uma média para saber quem foi o mais rápido.
Os campeões são aquelas que obtiveram os menores tempos. O segundo e terceiro colocados também integraram o pódio. Além do troféu, receberam premiação em dinheiro.