Desenvolvimento socioeconômico de Brusque volta a crescer, indica Firjan

Melhora é puxada pelo aumento dos índices de emprego e renda da população

Desenvolvimento socioeconômico de Brusque volta a crescer, indica Firjan

Melhora é puxada pelo aumento dos índices de emprego e renda da população

Brusque tem o 11º melhor índice de desenvolvimento municipal do estado, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O indicador é um dos principais do país e leva em conta uma série de dados oficiais de 2016 – os mais atualizados.

O índice geral de Brusque foi 0,8343, em comparação com o de 2015, quando foi de 0,8110. O município voltou a crescer em 2016, após três anos de piora, 2013, 2014 e 2015. A empregabilidade é o que puxou a leve recuperação.

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O Índice Firjan leva em conta indicadores oficiais divulgados pelo governo federal relacionados a 2016. As áreas avaliadas são: Emprego e Renda, Saúde e Educação.

O indicador atribui um valor de 0 a 1 para cada item. Quanto mais próximo de 1, melhor. No caso de 2016, o melhor desempenho de Brusque foi na Saúde: 0,9217.

Os outros indicadores que compuseram o último IFDM do município brusquense foram Educação, com 0,8592, e Emprego e Renda, com 0,7220. O resultado baixo deste último item deve-se diretamente à crise que, em 2016, ainda estava forte na economia municipal.

O alto índice de Brusque destaca-se no estado, já que somente 15,46% dos municípios catarinenses estão nessa faixa. A cidade também se sobressai no cenário regional e nacional.

De acordo com a Firjan, somente 15,18% das cidades do Sul do Brasil possuem alto desenvolvimento – acima de 0,8 – como é o caso de Brusque. No país, só 7,86% municípios estão nessa faixa. São mais de 5 mil cidades analisadas pelo estudo da entidade.

Série histórica geral
Brusque historicamente é classificada como uma cidade de desenvolvimento alto, mas vive um momento de recuperação, assim como o restante do país.

A série histórica – que iniciou em 2005 – mostra que este resultado ainda está abaixo até mesmo do que o da década passada. Somente 2014 foi pior, quando a crise financeira estava no seu auge: 0,8110.

Desde quando a série começou, Brusque sempre teve índice de desenvolvimento socioeconômico alto, acima dos 0,85. A exceção foi 2015 e 2016. Numa leitura literal dos números, é possível afirmar que a crise financeira atingiu a cidade e a fez retroceder a padrões anteriores a 2005.

Emprego e Renda começam a se recuperar

Segundo a Firjan, o quesito Emprego e Renda foi o que levou o índice de muitas cidades para baixo. A situação começou a piorar em 2014, quando a crise eclodiu na economia nacional.

Não foi diferente em Brusque. Já em 2014 houve uma queda considerável – maior do que o normal na série histórica – em relação a 2013. Naquele ano eleitoral, a nota neste item para a cidade caiu de 0,8397 para 0,8023.

O ano de 2015, quando a crise política estava latente, o emprego e a renda continuaram a despencar no IFDM e atingiram o fundo do poço com o pior resultado em toda a série histórica. Naquele ano, o quesito recebeu avaliação de 0,6744.

A recuperação, ainda lenta, começou em 2016. O índice subiu para 0,7220. Embora apresente melhora, ainda é o segundo pior resultado da série histórica.

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Brusque é reconhecida historicamente pela empregabilidade. Foi o fator que provocou grande parte da migração para a cidade nas últimas décadas. O auge foi em 2006 – quando vigorava o pleno emprego no Brasil – com nota 0,9153.

Educação continua em ascendência no município

Enquanto Emprego e Renda piorou, a Educação melhorou na avaliação da Firjan. O índice de 2016 é o segundo melhor da série histórica – iniciada em 2005.

O IFDM de 2016 foi de 0,7220. O auge foi registrado em 2012, quando o índice foi de 0,8608.

A Firjan analisou o resultado da prova Ideb – aplicada pelo Ministério da Educação em todas as escolas para medir o nível de aprendizado. Também levou em conta a quantidade de docentes com ensino superior no ensino fundamental, assim como a média de horas-aula diárias.

O IFDM de Educação contabilizou também o abandono no ensino fundamental e a distorção idade-série também na educação de base. Por fim, foi analisado o atendimento à educação infantil.

Ainda que Brusque esteja dentro dos parâmetros estabelecidos pelo ministério na oferta de educação infantil para as faixas etárias obrigatórias, a cidade ainda patina quanto à universalização da creche. Há anos a prefeitura tenta levar a fila de espera, pelo menos, a patamares suportáveis, mas sem sucesso.

Saúde se mantém com alto desenvolvimento

A área de saúde é analisada com dados oficiais do Ministério da Saúde. Foram avaliados: proporção de atendimento adequado de pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e internação sensível à Atenção Básica.

Brusque destacou-se e continua com alto desenvolvimento nessa área. As notas da saúde têm subido ano a ano desde 2013 – quando o índice era de 0,8921. Depois, foi melhorando até atingir os 0,9217 relativos a 2016.

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