Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Despesas públicas reduziriam se 105 municípios catarinenses voltassem a ser distritos

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Despesas públicas reduziriam se 105 municípios catarinenses voltassem a ser distritos

Raul Sartori

Custos, custos!
O presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Joares Ponticelli (PP), prefeito de Tubarão, está diante de um desafio de grandes proporções: atender o que enseja estudo do Tribunal de Contas do Estado para quem, conforme estudo recente, as despesas públicas poderiam ser substancialmente reduzidas se 105 municípios de SC com menos de 5 mil habitantes voltassem a ser distritos, ou deixar tudo como está. Sabe-se quem está pagando a conta. É aquele otário de sempre.

Inimigo íntimo
Partiu de dentro do próprio governo do estado a informação de que o Corpo de Bombeiros Militar havia autorizado a compra de uma espada, por R$ 14,9 mil, para dar de lembrança a um ex-comandante da corporação. Compra devidamente suspensa. Apura-se quem autorizou o absurdo. Nesses casos, porque não a popular “vaquinha” com o pessoal do andar de cima dando sua contribuição espontânea e não mandar a conta para o contribuinte?

Corte na CNI
Com a surpreendente prisão de Robson Braga de Andrade, e seu afastamento por 90 dias da presidência, a Confederação Nacional da Indústria considera o que está no seu estatuto, ou seja, seu substituto seria um dos vice-presidente. Uma assembleia, nesta quinta-feira, decidirá o assunto e a oposição pode chegar lá com o ex-presidente da Fiesc, Glauco Corte, que defende transparência na entidade. O outro candidato, afinado com a situação, é o goiano Paulo Afonso Ferreira.

Trabalho
Mesmo que, lamentavelmente, o exemplo não venha de cima – do Congresso Nacional – é bom saber que aqui embaixo, na base, começam a pipocar iniciativas de Câmaras de Vereadores, com a de Içara, no sul do estado, que pretendem reduzir o recesso dos atuais 60 dias para 45, mais exatamente entre 15 de dezembro e 31 de janeiro do ano seguinte. E só.

Subsídios
Em 2017, o BMW Group vendeu cerca de 2,4 milhões de automóveis e 164 mil motocicletas em todo o mundo. O lucro antes de impostos em 2016 foi de aproximadamente 9,67 bilhões de euros em receitas. Isso não impediu o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) bater bumbo e assinar contrato de financiamento com a BMW no valor de R$ 240 milhões para instalação da unidade em Araquari, sem contar outros benefícios e ou isenções de órgãos públicos. Mesmo com faturamento global na casa dos bilhões de euros, a gigante montadora mundial não abre mão de benesses regionais onde se instala. Prioridade aos “pequenos”?

Babilônia
O prefeito de Chapecó, Luciano Bulligon, foi expulso do PSB por declarar apoio a Jair Bolsonaro. Para lembrar: o presidente do PSB em SC é o ex-deputado federal Paulo Bornhausen, filho do cacique Jorge Konder Bornhausen, ambos de direita.

Moda
Depois de Laguna, agora é Criciúma, por lobby do deputado estadual Jessé Lopes (PSL), que faz ações para que a cidade receba uma unidade do colégio militar da PM de SC. Já tem até oferta de lugar onde se instalar.

Previdência
Levantamento da equipe econômica de Bolsonaro, com base nas finanças regionais, aponta que todos os estados precisam de uma alíquota de contribuição previdenciária de 14% para seus servidores. Caso contrário, o sistema vai à falência em poucos meses. Tal contribuição já é praticada em SC e em 10 estados mas, pelo que diz o governo, ainda está longe de resolver o problema fiscal. A origem é a gastança ilimitada, como sempre foi. Um dia a fatura chega.

Museu do futebol
Nosso futebol nunca esteve tão ruim, mas tem memória, pelo menos. Abrirá para visitação, de forma permanente, a partir de 1º de março, o Museu da História do Futebol, anexo ao Porto Belo Outlet Premium, em Porto Belo. Com duas mil peças originais, garante ter o maior acervo exposto das Américas.

Máscara
O entojado ator e diretor Wagner Moura, que acaba de lançar seu primeiro filme, sobre a vida de Carlos Marighella, tentou mudar a história dizendo que o guerrilheiro foi um comunista que lutou “por causas humanitárias” e não um terrorista, como se conhece na história. Foi desmascarado pelos críticos de cinema da Alemanha, não tão cabeça feita quanto os brasileiros que estiveram no Festival de Berlim, onde a fita foi exibida.

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