Governo do estado estuda alterar projeto de duplicação da rodovia Antônio Heil
Reunião está marcada para discutir futuro da duplicação; mudança pode atrasar reinício das obras em mais de um ano
Governo do estado estuda alterar projeto de duplicação da rodovia Antônio Heil
Reunião está marcada para discutir futuro da duplicação; mudança pode atrasar reinício das obras em mais de um ano
- 29/04/2019
- 5:15
Em reunião com o secretário de estado de Infraestrutura, Carlos Hassler, na quarta-feira, 24, em Florianópolis, o vereador de Itajaí, Rubens Angioletti (PSB), entregou um ofício elencando as demandas pendentes na obra de duplicação da rodovia Antônio Heil. Também participou da reunião o deputado estadual Coronel Onir Mocellin (PSL), que intermediou o encontro.
O documento apresenta problemas e pendências em 12 pontos da rodovia, no trecho de Itajaí. De acordo com o vereador, as demandas são resultado da cobrança da comunidade e foram acumulando desde o início da obra de duplicação, em 2014.
“Acompanhamos todo o processo de duplicação, participamos de várias reuniões, encontros, fiscalizações e fomos acumulando as informações do que a comunidade realmente quer para a rodovia”, diz.
O documento foi entregue em mãos a Carlos Hassler, que ouviu as reivindicações da comitiva que participou da reunião. Angioletti explica que o secretário de estado, ao fim da reunião, apresentou duas possibilidades para o futuro da obra.
A primeira é a contratação de uma nova empresa para continuar a execução do projeto já licitado, já que o o governo do estado rompeu com o Consórcio Triunfo-Compasa, vencedor da licitação original.
A outra opção ventilada pelo secretário de Infraestrutura é que o projeto da duplicação seja refeito, atendendo todas as solicitações da comunidade, e uma nova licitação seja lançada.
“O contrato que temos hoje não pode ser alterado, porque foi licitado daquela forma e a empresa só pode executar o que foi objeto da licitação. O problema é que se fazer um novo projeto, com uma nova licitação, vai demorar em torno de um ano e meio, pelo menos”, destaca o vereador.
Para tentar chegar a uma solução, ficou agendada para o dia 6 de maio uma reunião fechada com as lideranças políticas e comunitárias de Brusque e Itajaí e também com representantes do governo do estado, para discutir o futuro da obra. Após essa reunião, deve ser feito um novo encontro, para poder passar as definições para toda a comunidade.
“Neste meio tempo o secretário se prontificou em fazer as manutenções mais urgentes na rodovia, até que se chegue a uma solução”, ressalta o vereador.
O gestor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque, Claudemir Marcolla também participou da reunião, e ressalta o impacto do atraso das obras para o comércio e moradores.
“Sabemos da importância das obras dessa rodovia e também da logística que moradores e empresas precisam ter para o acesso às localidades. É algo que tem impacto não só no nosso comércio, mas também nas comunidades e a CDL Brusque é parceria em busca de bandeiras que atendam às necessidades da nossa região”, diz.
Demandas pendentes no trecho de Itajaí
Km 0: construção de anéis viários na conexão com a BR-101;
Km 1.8: viaduto na entrada da rua Benjamin Dagnoni, no loteamento São Pedro, está incompleto, sem sinalização e iluminação. A saída do viaduto, sentido Brusque, encontra-se sem duplicação e com estreitamento de pista, sendo necessário finalizar a obra;
Km 3.6: Neste local há uma escola estadual, porém não estava prevista passarela. Foi feita solicitação e foi incluída no projeto, entretanto, até hoje não foi executada. Paliativamente foi feita uma passagem de pedestre com semáforo;
Km 4.6: Há uma grande concentração de pessoas neste ponto devido ao comércio e fábrica. Solicita-se a instalação de uma passarela que estava prevista para a comunidade do bairro Arraial dos Cunha que, em reunião pública, cedeu a passarela para ficar com a passagem elevada de pedestre construída no km 10.8;
Km 5.2: No cruzamento do final da avenida Itaipava com a rua Vereador Germano Luiz Vieira não foi construído viaduto ou rotatória, o que prejudica severamente o comércio e trânsito de pessoas. Foi construída uma passagem de pedestre após manifestação da comunidade, mas é necessário a instalação de um viaduto ou rotatória e uma pista de aceleração para quem sai da rua vereador Germano Luis Vieira, sentido BR-101;
Km 6.6: Neste trecho foi construído um viaduto que deveria ter sido feito no km 5.2, além disso, este viaduto encontra-se sem sinalização e iluminação;
Km 10.4: Na entrada da rua Virgilio Cadore, no bairro Laranjeiras, foi construído um retorno pouco antes da entrada e saída da rua, desta forma, os moradores precisam sair sentido Brusque e ir até o bairro Arraial dos Cunha e fazer um retorno improvisado para ir até o centro de Itajaí. A solução reivindicada pela comunidade é a construção de um trecho com marginal.
Km 10.8: No projeto original da rodovia, no km 22, entre Itajaí e Brusque, havia apenas três passarelas previstas, uma delas seria neste ponto. Em reunião, a comunidade do Arraial dos Cunha manifestou desejo de ficar com a atual passagem, dispensando a passarela, por este motivo, a comunidade solicita a passarela para o km 4.6, com grande concentração de comércio;
Km 11.5: Neste trecho foi feito um retorno improvisado para permitir que os moradores do bairro Arraial dos Cunha possam seguir sentido centro de Itajaí;
Km 12: Grande trecho da rodovia inacabada e sem utilização;
Km 19.4: Como a rodovia tem a barreira New Jersey, os moradores da rua João Rodolfo Reinert, na entrada do bairro Campeche, não possuem retorno, tanto para entrar quanto para sair da comunidade. A solicitação é para um pequeno trecho de marginal;
Km 20.4: Construção de mais uma saída de veículos em retorno de nível na entrada do bairro Limoeiro, conexão entre as ruas Leopoldo Merizio e José Laurentino Júnior;
Km 21: Próximo a Padaria e Confeitaria Limoeiro, foram deixados vários buracos na pista, inclusive com ocorrência de acidente com vítima. É necessário a conclusão da obra até o trecho já finalizado em Brusque.