E agora? Analise e vote responsavelmente
E agora? Analise e vote responsavelmente
- Por Pe. Adilson José Colombi
- 04/10/2018
- 4:48
Como cidadão e, sobretudo, como eleitor, todos nós somos obrigados a analisar, com atenção e sem preconceitos ideológicos, os planos de governo dos candidatos a cargos públicos. E não nos podemos eximir deste cuidado, para que possamos votar, com responsabilidade, naquela proposta melhor para a Nação. Aqui, não se pode pensar em vantagens pessoais, da família, do partido. Mas, eleger aquele projeto viável e realizável que seja melhor, segundo critérios não meramente subjetivos, para o bem comum da Nação.
Quem assim procede, certamente, está sendo um eleitor consciente e responsável. E é bom sempre salientar que o nosso voto vai influir na vida presente e, principalmente, futura não só do “nosso” mundo imediatamente circunstante. Mas, vai afetar toda a vida sociocultural do país, da Nação.
Infelizmente, em nosso sistema político, dá-se um acento até exagerado ao voto para o presidente da República como se tudo dependesse dele. Mais ainda, uma vez eleito ele pode fazer tudo. Não é bem assim. Basta ter observado os últimos governos para perceber que a realidade é outra. Depende e muito do Senado e da Câmara dos Deputados Federais. Daí, a importância de escolher bem os que vão nos representar. Sem dúvida, é no Congresso Nacional que se resolvem a maioria dos problemas nacionais e também são criados os maiores problemas. Como já assistimos ultimamente.
É preciso distinguir sempre promessas eleitoreiras de propostas viáveis e exequíveis dentro de nossa realidade socioeconômica regional e nacional. Analisar, portanto, as metas a alcançar, na economia, e os meios a utilizar para realizá-las. É bom também observar de onde vêm esses meios.
Por isso, é oportuno levar em conta que tipo de Estado o candidato está propondo, direta ou indiretamente, por meio de seu plano de governo. Sabemos, por experiências antigas e recentes, que um Estado, onipresente e onipotente, só asfixia a vida da Nação. Além do mais, normalmente, em seu seio, vão vicejar a violência aos direitos humanos e a corrupção, o grande cupim que corrói a vida da população.
Estatizar a economia é sinônimo, com frequência, de sufocamento da atividade econômica, desperdício, fechamento à renovação e inovação, “cabides políticos”, negociatas, distorções de salários, proliferação de “fantasmas”, instrumentalização do Estado para fins eleitoreiros, favorecimento a grupos familiares ou ideológico-partidários em detrimento do bem comum…
Na proposta econômica é aconselhável observar onde vai ser aplicado nosso dinheiro. Quais são as prioridades do orçamento da Nação? Quem vai gerir estes programas? Como vão ser feitas as licitações? Quem vai fiscalizar?
Outros aspectos a considerar, sem dúvida, são as várias políticas referentes a temas, como inflação, juros, câmbio, carga tributária, previdência, Parcerias-Públicas-Privadas, autonomia do Banco Central, comércio exterior, emprego.
Como se percebe, a vida pessoal, familiar e sociocultural vai depender grandemente do tipo de economia que é proposto e que será executado ao longo do mandato do candidato eleito. Por isso, é de interesse de cada um, mesmo que não sejamos peritos em economia, examinar e, quem sabe, debater com pessoas sensatas que possam nos auxiliar na compreensão desta problemática toda.
Isto para poder votar, com consciência e com responsabilidade. É claro que candidato perfeito não vamos encontrar. Temos que contar com as limitações próprias de toda pessoa humana. Contudo, sempre podemos fazer confrontos e iremos notar que sempre há possibilidade de encontrar quem tem uma vida pessoal, familiar, profissional, ético-moral, religiosa com um pouco mais de conteúdo e de correção. É só prestar bem atenção aos critérios que já foram expostos neste espaço jornalístico.