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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: O Brasil que eu quero

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Na quarta-feira, 26, o jornal O Município publicou a matéria sobre a participação dos candidatos na reunião do Conselho das Entidades. Na ocasião, os postulantes ao poder Legislativo que moram em Brusque e Guabiruba puderam apresentar suas ideias e assinar um termo em que se comprometem com as reivindicações das entidades.

A iniciativa é louvável e mostra a união da sociedade organizada em prol de um bem comum. O conselho é composto por 13 entidades que pela primeira vez alinharam suas expectativas para mostrar o que nossa região quer e precisa.

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São 24 reivindicações que tratam de questões diversas como ambiente legal, educação, infraestrutura, reformas, saúde e segurança.

E, se por este lado há uma ideia clara do que se quer, não dá para afirmar o mesmo em relação ao rol de candidatos. Pelo que o leitor pode ver por meio das entrevistas realizadas e publicadas pelo jornal O Município, a grande maioria não sabe o que fazer caso seja eleito.

Prevalecem os clichês de que vão trabalhar pela saúde, educação e segurança; que vão cortar privilégios, etc, mas tudo muito vago, sem consistência.

Alguns candidatos não têm a menor condição de ocupar um cargo público, nem outro cargo qualquer. São pessoas completamente desprovidas de conhecimento, experiência, sem talento nenhum para ser o representante legislador de nossa região. Neste período ocupam nosso tempo e recursos para tentar a sorte grande de se eleger.

Mas por que tantas pessoas sem qualificação se submetem ao pleito? Não seria vergonhoso expor suas deficiências na ribalta de um processo eleitoral? Poderia ser, em um país desenvolvido, mas por aqui não. Vamos eleger e já elegemos muitos destes tipos.

Mas por que tantas pessoas sem qualificação se submetem ao pleito? Não seria vergonhoso expor suas deficiências na ribalta de um processo eleitoral?

Os critérios de escolha dos brasileiros são tão limitados quanto sua educação. Assim não só erramos muito em cada pleito, mas reiteramos o erro na eleição seguinte, na esperança que a coisa mude.

O povo brasileiro é despreparado politicamente e muitos acabam votando por um pedido de um familiar, por sugestão de um amigo e elegem um candidato que não conhece e nem sabem se presta.

Outros votam pela popularidade do candidato e pelo seu discurso de campanha, sem checar se realmente sua conduta condiz com suas palavras. E claro, tem os que votam por uma dentadura, por um saco de cimento ou coisa que o valha.

A insensatez é tão grande que até políticos corruptos e condenados por delitos comuns lideram pesquisas eleitorais em alguns locais, mostrando que tão culpados quanto nossos líderes políticos é o eleitor que o colocou lá.

Outro fato importante no perfil do brasileiro é sua amnésia eleitoral. Segundo pesquisa divulgada este ano na revista Exame, realizada pela empresa Idea Big Data, 79% dos eleitores do país não se lembram dos candidatos que votaram para o Congresso Nacional em 2014.

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Apenas 15% afirmam que acompanham o desempenho dos parlamentares que ajudaram a eleger.

Neste cenário, iniciativas como esta do Conselho das Entidades são imprescindíveis pois atendem aos elos desta corrente. Aos candidatos dão um direcionamento, aos eleitores, um exemplo de como devemos planejar nossas expectativas e voto. E por fim deixam um registro de reivindicações para não serem esquecidas nos próximos quatro anos.

As entidades de Brusque já mostraram o Brasil que querem, ao menos regionalmente. E cada um de nós pode fazer o mesmo.

E já que estamos na fase dos desejos, o Brasil que O Município quer é um país em que o eleitor pare de reclamar e busque se capacitar mais para o processo eleitoral. Estude bem seu candidato, dedique tempo para acompanhar suas ações e com certeza verá um outro resultado. O dia da eleição não é o fim deste processo, é só o início.

 

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