Efetivo insuficiente prejudica trabalho da DIC

Três policiais e um delegado lutam para manter as investigações em dia

Efetivo insuficiente prejudica trabalho da DIC

Três policiais e um delegado lutam para manter as investigações em dia

A Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Brusque sofre com a falta de efetivo. A DIC é responsável por investigar crimes graves, que incluem tráfico de drogas, roubo de cargas, esquemas fraudulentos, desaparecimentos, entre outros. Um delegado e três agentes são responsáveis por cuidar de todos esses delitos. Com a falta de pessoal, os casos acumulam-se à espera de solução.

O delegado da DIC, Alex Bonfim Reis, afirma que o numero de policiais deveria crescer proporcionalmente à população de Brusque. Em 2012, quando a divisão foi instituída na Comarca de Brusque, com um delegado e três policiais, a cidade possuía 109.950 habitantes, que hoje já somam 120.399. Com mais pessoas, a violência tem aumentado. De 2012 para 2013 o número de roubos cresceu 47%, o de porte ilegal de armas de fogo 60% e o de homicídios manteve-se em oito vítimas, de acordo com dados da Polícia Militar. Mesmo assim, a DIC continua com o mesmo efetivo de 2012.

“Esse efetivo é ridículo, porque a gente vê que a criminalidade de um modo geral cresce e a segurança pública não consegue dar conta”, diz Reis. Ele afirma que o trabalho da Polícia Civil tem dado resultado, mas que a falta de pessoal é mais um obstáculo enfrentado pelo órgão no combate ao crime.

Reis diz que a maioria dos crimes investigados pela DIC de Brusque são relacionados às drogas. Como informou o Município Dia a Dia na semana passada, o tráfico de drogas perdeu força em Brusque. De acordo com dados da SSP, de 2012 para 2013 houve uma redução de 21% no número de ocorrências relacionadas ao narcotráfico na cidade. “A despeito do bom trabalho feito pela Polícia Civil e Militar, a criminalidade tem aumentado”.

 

Solução

A SSP lançou edital de um concurso que pretende recompor os quadros da Polícia Civil catarinense. São 340 vagas para agente de polícia e 66 para delegado. As inscrições seguem até dia 26 de junho e as provas objetivas para das duas carreiras ocorrerão em agosto. O delegado Reis diz que seria necessário, pelo menos, dobrar o número de agentes de polícia para conseguir desafogar e aumentar a produtividade da DIC. Não há definição sobre a destinação dos aprovados no concurso.

Quando do lançamento do certame, o secretário da Segurança estadual, César Grubba, disse que 5,8 mil profissionais foram incorporados aos órgãos de segurança desde 2011. “É uma demonstração de que o Governo trata a Segurança Pública como prioridade”, disse Grubba.

 

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