Em 2015, 1,7 mil pacientes fizeram tratamento médico em outras cidades

Agência de Desenvolvimento Regional é a responsável por fazer o encaminhamento dos doentes

Em 2015, 1,7 mil pacientes fizeram tratamento médico em outras cidades

Agência de Desenvolvimento Regional é a responsável por fazer o encaminhamento dos doentes

No ano passado, 1.708 pacientes de Brusque, Guabiruba e Nova Trento foram encaminhados para consultas e tratamento de saúde fora do município por meio da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Brusque.

O Tratamento Fora de Domicílio (TFD), como é chamado, é um instrumento legal que visa garantir, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem por falta de condições técnicas.

Para ter direito ao TFD, o paciente precisa abrir um processo da rede municipal de saúde, que encaminhará o pedido a ADR. “Temos um convênio com os municípios, então eles encaminham esse paciente para nós para que façamos o encaminhamento do procedimento dentro ou fora do estado”, explica o gerente de saúde da ADR, Carlos Queluz.

Geralmente, utilizam o sistema de TFD pacientes com doenças graves. Os casos mais comuns são para instalação de prótese, problemas auditivos e também câncer. “São os casos mais complexos, além da consulta, viabilizamos passagens tanto terrestre, quanto aérea, depende do caso e da localização”, diz.

De acordo com ele, além de Florianópolis, os pacientes com os casos mais graves são encaminhados para São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). “Hospitais dessas cidades têm o convênio com o governo do estado e por causa disso podemos fazer o encaminhamento dos pacientes”.

Queluz afirma que o número de pessoas atendidas por este sistema no ano passado pode ser considerado baixo. “Em virtude da grande demanda, é um número baixo. Não estamos conseguindo atender mais, existe uma fila de espera. Não estamos conseguindo encaminhar não porque o governo não quer, mas em virtude dos hospitais conveniados atenderem também outros estados e, por isso, terem o fluxo comprometido”.

Segundo ele, os casos relacionados a problemas de audição são os que esperam o maior tempo para serem encaminhados. “Tudo depende muito da especialidade, mas para os problemas auditivos chega a demorar em torno de 90 dias para fazermos o encaminhamento”.

Alimentação e hospedagem

O gerente de saúde explica que além de resolver o encaminhamento para a consulta ou tratamento em outras cidades, por meio do TFD o paciente tem direito a ganhar diária para custear despesas com alimentação e hospedagem durante os dias em que estiver fora de casa.

Segundo ele, no ano passado, a ADR investiu R$ 40 mil nas diárias para os pacientes e acompanhantes do TFD. “Estamos preocupados em atender da melhor maneira aqueles que nos procuram, tentamos atender da forma mais rápida possível, infelizmente, pela burocracia, pelos outros hospitais que são fora do nosso estado, a demora acontece, não conseguimos dar uma resposta rápida, mas fazemos de tudo para sempre minimizar o tempo de espera do paciente”.

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