Consumo de cigarros ainda é comum entre pessoas mais velhas de Brusque

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a faixa etária que mais consome é de pessoas entre 45 e 54 anos

Consumo de cigarros ainda é comum entre pessoas mais velhas de Brusque

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a faixa etária que mais consome é de pessoas entre 45 e 54 anos

As pessoas de meia idade são as maiores consumidoras de cigarro em Brusque. Levantamento feito pelo O Município com supermercados da cidade mostra que o consumo é maior na faixa etária acima dos 40 anos.

“O que percebo é que são mais as pessoas de meia idade que compram. Os jovens já estão mais instruídos, sabem o quanto o cigarro faz mal”, diz o proprietário do supermercado O Barateiro, José Francisco Merísio.

O gerente do Archer, Udo Wandrey, afirma que o consumo de cigarros na rede brusquense se mantém estável. “Tem procura de todas as faixas etárias, mas a maioria são de pessoas com idade mais avançada, que já têm o vício por muitos anos”.

No Bistek Supermercados, o líder de prevenção, Maicon de Oliveira, que é o responsável pela compra do produto para o mercado, afirma que a venda de cigarros no estabelecimento é bastante grande. De acordo com ele, são vendidos de seis a sete mil maços de cigarro por mês. “A procura está bem elevada, percebemos que tanto os jovens como pessoas com mais idade consomem muito o cigarro”, diz.

A última pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde sobre o tema, em 2015, mostra que a faixa etária que mais consome cigarros no país é de pessoas entre 45 e 54 anos (13,2%). A que menos faz uso deles é a que vai dos 18 aos 24 anos (7,8%). Já a experimentação entre adolescentes de 13 a 15 anos caiu de 24,2%, em 2009, para 19,6%, em 2012.

Ainda segundo o levantamento do governo, o percentual de fumantes caiu 30,7%, ou seja, o Brasil passou de uma taxa de 15,6% de fumantes em 2006, para 10,8% em 2015. O governo tem como meta chegar a 9,1% de fumantes no país até 2020.

Dia mundial sem tabaco
Estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de cinco milhões de mortes acontecem todos os anos no mundo devido ao tabagismo. Os dados incluem os fumantes passivos, aquelas pessoas que apenas respiram a fumaça. A OMS considera o tabagismo uma doença epidêmica e que se assemelha ao uso de drogas como a cocaína.

Relacionado a mais de 50 tipos de doenças, o tabagismo pode causar dependência física, psicológica e comportamental. Hoje é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco o alerta se estende à origem de graves doenças e os consequentes óbitos: 30% das mortes por câncer de boca, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema, e 25% das mortes por derrame cerebral são decorrentes do uso prolongado da nicotina.

Grupos de apoio
A Secretaria de Saúde de Brusque conta com o programa de auxílio para as pessoas que querem parar de fumar. Uma das unidades de saúde (UBS) que realizam o programa é a do bairro Steffen. Uma nova turma vai iniciar no dia 12 de junho. Quem quiser participar, pode se inscrever no próprio posto de saúde, entretanto, as vagas são limitadas a 15 pessoas.

Durante o programa, a turma realiza de quatro a cinco encontros e, após o término, realizam manutenções a cada 15 dias e, posteriormente, a cada 30 dias para acompanhamento. A cada três meses, a UBS abre novas turmas para o programa. Mais informações no 3355-7750.

Programa Ares
Já a Unimed Brusque disponibiliza o programa Ares, que dá orientações para que pessoas que desejam parar de fumar possam, de forma autônoma, por meio de acompanhamento individual com médicos, enfermeiras e psicólogos.

De acordo com a pneumologista Daniela Salvador Alves, que atua no programa, o Ares fornece acompanhamento médico regular durante um ano, o que é um grande benefício para pacientes que desejam parar de fumar.

“Primeiro, o paciente precisa querer parar de fumar. O profissional de saúde pode e deve sugerir a cessação do tabagismo e expor os riscos aos quais o paciente está se expondo, mas não pode obrigá-lo a parar. Cada fumante tem o seu processo e o seu momento e o que cada profissional deve fazer é esclarecer e se dispor a ajudar, apresentando as opções de tratamento”, explica.

De acordo com Daniela, o tabagismo é o maior fator de risco controlável para as duas principais causa de morte: o AVC e o infarto. Além disso, as principais doenças em que o tabagismo é um fator de risco associado são as cardiovasculares e o câncer. Outra questão referente ao consumo de tabaco é que ele é o fator causal direto das doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) e do câncer de pulmão.

Mais informações sobre o programa pelo telefone 3251-2499.

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