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Em expansão, incubadora de empresas Citi Brusque vai selecionar novos projetos

Conheça os empreendimentos já instalados no espaço, inaugurado recentemente

Há pouco mais de um mês desde a sua reativação, o Centro de Incubação, Tecnologia e Inovação (Citi) Brusque está em um momento de expansão. Com bom desempenho até aqui, a diretoria lançará um processo de seleção nos próximos dias.

Serão escolhidos mais 15 projetos de tecnologia para serem incubados na Citi Brusque. O edital com as regras será divulgado no site oficial da incubadora.

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O vice-presidente do Citi Brusque, Alecir Marcos da Silva, diz que a avaliação é positiva até o momento. Segundo ele, muitos empreendedores já procuraram a incubadora interessados em também ocupar o espaço.

Justamente devido a essa procura intensa a diretoria do Citi tem uma meta ousada. Neste primeiro momento serão mais 15 selecionados, mas os planos não param por aí.

“Queremos ter 40 projetos incubados até o fim do ano”, afirma Silva. A meta é audaciosa porque o objetivo final também é grande: tornar a região um polo tecnológico.

Silva afirma que a ideia é agregar empreendedores de tecnologia de Brusque, Guabiruba, Botuverá, Nova Trento, São João Batista, Itajaí e até Balneário Camboriú.

Incubadora
O investimento para a instalação foi de aproximadamente R$ 300 mil. O espaço conta com uma área de 400 metros quadrados com cozinha, banheiros, área de lazer, sala de reuniões, auditório e espaço para coworking.

O funcionamento da incubadora é financiado por meio do apoio de entidades representativas e do poder público. Além disso, serão firmadas parcerias para que os incubados recebam cursos, capacitações, palestras, entre outras atividades.

Conheça projetos instalados na Citi Brusque

A incubadora entrou em funcionamento no dia 11 de junho. Há alguns projetos já incubados, assim como outros que estão apenas no coworking. Conheça quem está instalado no local.

Equipe do ITSC durante a inauguração do Citi | Foto: Divulgação

ITSC
O Instituto de Tecnologia em Smart Cities (ITSC) teve a sua concepção no fim de 2018. A ideia de criar a empresa surgiu em conversas de André Tomasi com o professor Christoph Hupfer, da Alemanha, nos últimos dois anos em projetos locais.

“Um dos principais motivos para a criação da empresa foi reforçar essa troca de tecnologia e conhecimento entre os países, agilizando também os projetos com essa aproximação bilateral”, afirma Tomasi, diretor geral do ITSC.

Porém, só no primeiro semestre deste ano é que os projetos começaram a ser colocados em prática. O objetivo da empresa é desenvolver soluções para cidades inteligentes (smart cities), com foco em mobilidade e sustentabilidade. 

“Nossos produtos iniciais são sistemas inteligentes de coleta e análise de dados, com o objetivo de auxiliar o poder público e a iniciativa privada a melhor compreenderem o tráfego de pedestres e condutores na área urbana, permitindo a tomada de decisões mais assertivas e maior eficiência em obras e projetos futuros”, explica Tomasi.

Segundo ele, o planejamento é lançar o produto completo em, no máximo, um ano, após a etapa de captação de recursos. A partir disso, a expectativa é deixar de ser incubado em mais um ou dois anos, quando a empresa deverá ter o retorno para caminhar com as próprias pernas.

O diretor explica que o foco inicialmente é no mercado regional durante a fase de testes. Depois, a ideia é expandir em seguida para escala nacional. “E ao mesmo tempo buscar participação no mercado internacional, onde já temos apoio de algumas instituições e potenciais clientes interessados”, completa.

A equipe também é formada por: Christoph Hupfer, diretor de pesquisa; Milton Pinotti, diretor comercial; Mauro Santanna, diretor de operações; Hannelore Nehring, diretora de análise de dados; e Rafael Pinotti, diretor de TI.

Gian Carlo e Ivan, sócios da Acimit | Foto: Divulgação

Acimit
A Acimit Solutions começou em 2017. Os sócios Gian Carlo Albino e Ivan Montibeller identificaram que empresas de médio e pequeno porte não possuem um dispositivo de segurança para suas informações, apesar de, cada vez mais, a tecnologia estar presente no seu dia a dia, tornando-as dependentes dos dados para seu funcionamento.

O objetivo da Acimit é, portanto, prover uma solução de segurança para as informações “no caso de um acidente físico ou virtuais a um preço acessível”.

“Um sistema leve e rápido, do qual gera o backup dos dados ou sistema, criptografa e armazena em nossos servidores em um local seguro de maneira sistemática, sem gastar o tempo do cliente, dando a ele um feedback sobre os trabalhos. E fornecendo ao cliente uma área online de seus arquivos guardados”, explica Albino.

A meta da Acimit é atingir 500 clientes até final de 2019. Albino diz que não existe prazo para deixar de ser incubada.

“Vamos encarar isso como um processo natural. E tudo vai depender da gente e da maneira que vamos fazer o mercado entender que podem confiar em nosso sistema”, declara o sócio.

Além do sistema de segurança, a empresa também na área de desenvolvimento de jogos empresariais e de entretenimento. “Como estamos cientes do forte crescimento na área de realidade virtual para jogos e simulações, estamos desenvolvendo um jogo para o aparelho de realidade virtual da Samsung, o Gear VR. O jogo será focado em relaxamento e se chamará Blooming”, diz Albino.

Smart Technology está instalada no coworking | Foto: Divulgação

Smart Technology
Diferentemente das outras, a Smart não é incubada, mas sim uma empresa de base tecnológica ocupante do coworking que funciona junto com a incubadora.

A história da Smart começou no início dos anos 2000, no Laboratório de Engenharia de Software da PUC-Rio, durante o doutorado do empreendedor e CEO Aluizio Haendchen Filho.

Ele desenvolveu a pesquisa da sua tese de doutorado na área de inteligência artificial distribuída, mais especificamente no contexto de agentes inteligentes de software e sistemas multiagentes.

Em Santa Catarina e com o apoio inicial de universidades locais, iniciou a formação de um núcleo de pesquisa em inteligência artificial e trabalhos de pesquisa. O trabalho resultou no desenvolvimento de soluções educacionais.

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“Já temos grandes contratos fechados, e estamos finalizando os produtos SmartX e SmartCor, que iniciam a comercialização em agosto”, afirma o CEO da Smart.

As soluções utilizam técnicas de inteligência artificial, tais como machine learning, computação cognitiva, processamento de linguagem natural, linguística computacional, agentes inteligentes de software, análise de sentimentos, dentre outras.

A Smart Technology também representa e desenvolve os produtos da Edutec Sistemas, voltados para o mercado educacional.